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Paredes de Coura

Paredes de Coura: Município apela à população para utilizar lenha de eucalipto em vez de carvalho

11 Agosto, 2022 - 13:01

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Ambiente.

Paredes de Coura defende uma clara aposta num futuro mais sustentável “onde o carvalho português [Quercus faginea] emerge como árvore sagrada, estratégica, ou árvore símbolo de uma estratégia paisagística que procure a sustentabilidade, o ordenamento territorial, a preservação da biodiversidade e a gestão do combustível vegetal rasteiro”.

 

No Dia do Concelho, que se assinalou esta quarta-feira, o presidente da Câmara de Paredes de Coura, Vitor Paulo Pereira, anunciou que é propósito do Município implementar “um projeto de educação ambiental que promova a plantação, a disseminação e a conservação dos carvalhais existentes, bem como estimule as pessoas a substituírem a lenha de carvalho pela lenha de eucalipto no aquecimento das casas”.

 

Um projeto que pretende recuperar o apogeu do antigo castro da Cividade de Cossourado, quando neste território o carvalho era a árvore venerada e dominante das florestas existentes no Alto Minho.

 

“Ainda temos alguns dos maiores carvalhais do país e não queremos perder património tão precioso e inestimável. Até porque consideramos que não haverá futuro na nossa terra sem paisagem cuidada, bio diversa e com menos fogos”, recordou.

 

 

Floresta como valor económico

Vitor Paulo Pereira também reconhece que as causas dos fogos descontrolados são mais complexas e estruturais e os carvalhos são apenas um pequeno instrumento no meio de tanto a fazer.

 

Porém, também sabe que “se a paisagem fosse compartimentada com uma matriz de carvalhos, em que os eucaliptos e resinosas fossem ilhas nas manchas florestais, o risco de grandes incêndios seria muito menor, mais facilmente seria feito o seu controlo e mais intensa seria a biodiversidade”.

 

O presidente da Câmara defende com a valorização dos serviços de ecossistema “criar um suporte económico de rendimento, que promova a fixação das pessoas no concelho e a melhoria do seu nível de rendimento ao mesmo. Os agricultores e proprietários florestais passarão a ser vistos como os prestadores destes serviços, já que são eles que os proporcionam”, defende Vitor Paulo Pereira, para quem conciliar “o desenvolvimento económico com a preservação de todos os aspetos da biodiversidade e da conservação dos ecossistemas em geral passará a ser o ponto de ordem nas nossas políticas municipais, onde procuraremos dentro do possível os objetivos de conservação com os interesses económicos de quem cuida e protege”.

 

 

[Fotografias capa: Esq: DR / Dir: Cecília Pereira – Grupo FB Terra Amada]

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