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Zero. Pelo menos até à oitava casa decimal. A probabilidade de vencer o Euromilhões é tão ínfima que, de acordo com um cálculo feito ao jornal Público por Dinis Pereira, professor catedrático na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o valor é de 0,000000007%.
Assim, tendo em conta o preço de 2,5 euros de uma aposta simples, um jogador teria de desembolsar mais de 349 milhões de euros para registar todas as chaves possíveis. E caso usasse as cinco apostas possíveis em cada boletim, teria de entregar aproximadamente 23 milhões de folhas.
O prémio máximo não sai há três meses e esta terça-feira, pela 23ª vez consecutiva, a tômbola vai girar. São 190 milhões de euros que agora vão mesmo ter de sair. Se ninguém acertar na chave vencedora e, por exemplo, houver cinco vencedores do segundo prémio, cada um irá arrecadar 38 milhões de euros.
Para ter uma ideia ainda mais clara da microscópica probabilidade de ganhar o Euromilhões, a matemática mostra que a fórmula pode traduzir-se também em 1 para 116 milhões. É tão baixa que, por exemplo, chega a ser menor do que a probabilidade de ser morto por uma máquina de venda automática (1 em 112 milhões); tornar-se astronauta (1 em 12,1 milhões); namorar com um(a) supermodelo (1 em 880 mil); ou então ganhar um Óscar (1 em 11,5 mil).
Mas fica a certeza. É possível. E quem sabe se não é hoje.
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