País: Paulo Portas vai deixar a liderança do CDS-PP

Paulo Portas não vai recandidatar-se à liderança do CDS-PP. O anúncio foi feito esta segunda-feira, durante uma reunião da Comissão Política Nacional do partido. O dirigente centrista falou de uma atitude reflectida e garante que a decisão é definitiva.
Foi eleito presidente do CDS-PP em 1998, 2000, 2002, 2004, 2007, 2009, 2011 e 2013. Entre 2002 e 2005 foi co-responsável pela coligação governativa entre o PSD e o CDS-PP, vindo a exercer funções como Ministro de Estado e da Defesa Nacional (2002-2004) e Ministro de Estado, da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar (2004-2005), nos respectivos XV e XVI Governos Constitucionais. Nas eleições legislativas de 2005, não conseguindo o objectivo de obter 10% dos votos e evitar a maioria absoluta do Partido Socialista, pediu a demissão, sucedendo-lhe alguns meses mais tarde José Ribeiro e Castro.
A 2 de julho de 2013, Paulo Portas apresentou a sua carta de demissão do governo ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho devido à escolha da nova Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, após a demissão do antigo ministro Vítor Gaspar no dia anterior. Contudo, após dois dias de conversações entre os líderes da coligação, os dois partidos chegaram a um acordo. No dia 7 de julho, o líder do CDS-PP foi promovido a vice-primeiro-ministro e ficou com a responsabilidade da coordenação das políticas económicas, do relacionamento com a Comissão de Credores e da reforma do Estado. Foi novamente empossado como vice-primeiro-ministro do XX Governo Constitucional a 30 de outubro deste ano, que durou até novembro seguinte. O congresso dos centristas deverá ocorrer durante a Primavera de 2016.