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País/Melgaço: Esta foi a aldeia que venceu Castro Laboreiro na final das ‘7 Maravilhas’

6 Julho, 2020 - 21:12

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PUB Corria a noite de 3 de setembro de 2017. Castro Laboreiro, em Melgaço, e Piodão, em Arganil, estavam na luta pelo título de figurar entre as 7 Maravilhas de […]

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Corria a noite de 3 de setembro de 2017. Castro Laboreiro, em Melgaço, e Piodão, em Arganil, estavam na luta pelo título de figurar entre as 7 Maravilhas de Portugal – Aldeias [categoria de aldeia remota].

A hora da verdade chegou… e caiu um balde de gelo sobre a gente castreja. Piodão venceu. E, curiosamente, era a partir desta aldeia que estava a ser feita a transmissão direta da gala final do concurso que todos os anos tem vindo a ser transmitido pela RTP.

Desde 2007 que a comissão organizadora do concurso 7 Maravilhas diz que o objetivo desta série é “promover os grandes valores da Identidade Nacional, realizando iniciativas que promoveram o nosso património histórico, natural, gastronómico, praias, aldeias e as mesas do nosso país”.

Nos últimos dias, a imagem de um restaurante local, cujo edifício destoa da paisagem escura com as suas linhas modernas e as suas cores garridas, tem incendiado a internet. Os internautas não poupam nas críticas e mostram-se indignados com um “mamarracho” que, dizem “estragou completamente” uma aldeia que se destaca pela sua paisagem de xisto.

Também chamada de Aldeia Presépio, o Piodão está classificado como Imóvel de Interesse Público. Recebe todos os anos milhares de visitantes.

Está agora debaixo de uma polémica, onde os portugueses mostram-se implacáveis. “Atentado arquitetónico” e “insulto” são outros dos adjetivos muito utilizados nas avaliações feitas nas redes sociais.

 

Edifício já lá estava na final… e tem mais de uma década!

 

Durante toda a edição de 2017 do concurso 7 Maravilhas Portugal – Aldeias pouco se falou neste restaurante. Nas imagens da gala final, quase nem se fez notar. Afinal de contas, já lá iam sete anos após uma reportagem do Diário de Notícias naquele local. Hoje chama-se Delícias do Piodão, mas em 2010 chamava-se Piodão XXI.

O ambiente noturno ajudou. As câmaras televisivas fizeram o resto da magia.

Em declarações ao portal NiT, o proprietário, André Ribeiro, conta que o espaço existe há 15 anos. “Sempre houve polémica, ainda hoje há”, diz.  

O polémico edifício foi “construído num terreno agrícola” e, segundo o próprio, “nunca houve problemas com licenças”, até porque caso os houvesse, “”nem sequer era construído”.

“Uns acham que se enquadra bem, que é bonito, outros não. Não foi bem aceite por todos. O Piódão é muito especial, tem muitas guerras”, conta o proprietário para quem “o edifício não destoa” do resto da aldeia, à exceção “dos dois caixotes” vermelhos que saltam à vista na zona exterior e que funcionam como armazém e bar. Retirá-los é que nem pensar.

“Nem faz sentido removê-los. Se está construído e foi gasto dinheiro lá… Apesar de não ser bonito, faz parte do restaurante”.

Bonito ou feio, Piodão venceu nessa noite. Castro Laboreiro perdeu, mas ganhou certamente grandes lições. E o restaurante, que quase ninguém viu, já lá estava.

Piodão à noite… e o restaurante fica praticamente impercetível

 

[Fotografia: DR]

 

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