O diretor do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) defende a proibição da pesca da lampreia, para garantir a recuperação de uma espécie que escasseia cada vez mais nos rios portugueses.
Citado pelo Sapo24, Pedro Raposo diz que “a situação piorou. É uma sucessão de anos maus. 2017, 2019, 2022 e 2023 foram anos maus, motivados pela seca e por outras situações que ainda não se consegue explicar, visto que há um desconhecimento do que acontece com a espécie no mar, em que pode haver mais mortalidade”.
O investigador salientou que esta não é uma situação exclusiva de Portugal — em Espanha e França também se regista escassez de lampreia -, mas o país conta com a agravante de ser o limite sul de distribuição da espécie.
“Se fôssemos coerentes, deveríamos fechar a pesca. A qualquer animal deveria ser dada a oportunidade para se reproduzir, se não daqui a 7 anos [ciclo de vida da lampreia] será ainda pior”, defende.
Para Pedro Raposo, o declínio poderá estar associado a alguma alteração no mar, onde as lampreias passam cerca de cinco anos da sua vida, antes de subirem o rio para se reproduzirem.
[Fotografia: DR]
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