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Viana do Castelo

Pai de jovem agredido mortalmente defende tese de premeditação no tribunal de Viana

22 Março, 2013 - 08:18

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O pai do jovem de 19 anos vítima em 2010 de agressões fatais, alegadamente perpetradas por quatro homens, mostrou-se ontem convicto, em tribunal, de que os arguidos agiram de forma “premeditada”, em função da “animosidade” existente.

O pai do jovem de 19 anos vítima em 2010 de agressões fatais, alegadamente perpetradas por quatro homens, mostrou-se ontem convicto, em tribunal, de que os arguidos agiram de forma “premeditada”, em função da “animosidade” existente.

Na segunda sessão do julgamento deste caso, realizada ontem no tribunal de Viana do Castelo, Manuel Puga afirmou estar convencido de que as agressões, que terminaram na morte do filho, foram “premeditadas” pelos autores, que queriam “tirar satisfações” com Tiago Puga e um amigo, também presente no local.

“A intenção deles era fazer o que acabaram por fazer”, afirmou o pai, quando questionado pelo juiz e perante as críticas da defesa dos arguidos, que alegou ser apenas uma “opinião”, tendo em conta que Manuel Puga não assistiu aos factos.

Os quatro homens estão acusados por crimes de ofensas à integridade física simples, agravadas pela morte, e por omissão de auxílio.

Na semana passada, no arranque do julgamento, os arguidos alegaram que agiram em legítima defesa, depois de provocados pelos dois jovens.

Os factos remontam à tarde de 05 de março de 2010, quando os dois rapazes foram violentamente agredidos por quatro homens, em plena via pública, na Meadela, Viana do Castelo, segundo a acusação.

Um dos jovens, Tiago Puga, de 19 anos, sofreu um traumatismo craniano e várias outras lesões. Esteve em coma induzido até 10 de março, quando foi declarado o óbito, já no Hospital de S. Marcos, em Braga.

A acusação aponta a existência de um conflito entre o proprietário de um talho daquela freguesia, um dos quatro arguidos neste processo, e um grupo de jovens que se concentrava na zona das agressões. Estes, segundo relatos feitos em tribunal, eram conhecidos localmente por consumo e pequeno tráfico de droga.

Na véspera, alguém ateou uma fogueira à porta do talho na envolvente, tendo provocado um prejuízo de 150 euros, conforme pode ler-se na acusação, o que levou o proprietário a apresentar imediatamente queixa na PSP, apontando os elementos do alegado grupo de Tiago Puga como possíveis autores.

Três dos quatro arguidos admitiram em tribunal as agressões, recusando, no entanto, qualquer intenção de matar o rapaz.

Já o pai de Tiago Puga reconheceu que existia alguma “animosidade” entre o proprietário do talho existente junto ao local das agressões, frequentado pelo grupo de amigos do filho, mas sem saber explicar porquê.

Neste processo, um dos arguidos, que terá sido o autor da agressão que provocou a queda fatal do jovem Tiago Puga, afirmou ter agido em legítima defesa, face à confrontação e insultos que se verificaram no local, entre os dois grupos.

Todos os arguidos estão em liberdade, com Termo de Identidade e Residência, residem em Fontão, Ponte de Lima, e têm idades compreendidas entre os 25 e os 38 anos, sendo que dois são irmãos e um terceiro é primo destes.

O julgamento conta com 56 testemunhas e será retomado a 12 de abril, pelas 14:30.

Neste processo, a família do jovem pede uma indemnização aos quatro arguidos que ascende a 330 mil euros.

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