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Cerca de duas centenas de trabalhadores do Grupo KYAIA concentraram-se esta quinta-feira no Largo do Toural, em Guimarães, para se manifestarem contra o prolongamento do horário de trabalho diário em 20 minutos, totalizando mais 1 hora e 40 minutos às habituais 40 horas semanais.
Recorde-se que o Sindicato do Calçado do Minho e Trás-Os-Montes acusa a Administração do Grupo do Calçado Fortunato-KYAIA de “violar as normas do Contrato Colectivo de Trabalho”, impondo “de forma ilegal duas pausas de 10 minutos, prolongando o horário de trabalho”.
Em declarações à Rádio Santiago, emissora local vimaranense, a sindicalista Aida Sá sublinhou que “não vale tudo para explorar os trabalhadores”, acrescentando ser uma “ilegalidade” o que está a acontecer no Grupo KYAIA.
Ainda de acordo com aquela emissora, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, salientou a “coragem” dos trabalhadores, mostrando o apoio do sindicato em todo o processo.
“Ainda ontem, no final da reunião de trabalho com a Ministra do Trabalho e com o Secretário de Estado, informamos que existia um problema grave no Grupo KYAIA, que está a pôr em causa a contratação colectiva e que o Governa não pode fazer de conta de um problema que o envolve directamente”, disse.
Arménio Carlos garantiu que esta sexta-feira vai entregar um dossier à Ministra do Trabalho a retratar o “problema” e já está agendado para o dia 20 de Novembro uma nova reunião, onde espera ter já uma resposta do Governo sobre a situação, caso ainda não exista novidades.
O grupo Kyaia foi fundado em 1984, em Guimarães. Em 1989, deslocaliza-se para o Paquistão e também para Paredes de Coura. É presidido por Fortunato Frederico. Entre outras marcas, é detentor da FlyLondon. Conta atualmente com mais de 600 trabalhadores e um volume de negócios de 55 milhões de euros.
A Rádio Vale do Minho tentou por várias vezes ouvir a administração do grupo Kyaia sobre esta matéria mas sem qualquer êxito.
[Fotografia: Guimarães Digital]
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