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P. Coura/Guimarães: Falta de gáspeas atira meia centena de trabalhadores da Kyaia para o lay-off

20 Maio, 2020 - 07:46

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Mais de meia centena de trabalhadores da área de montagem da unidade da Kyaia de Guimarães estão em lay-off desde a semana passada. De acordo com o Diário de Notícias (DN), a razão prende-se com a falta de gáspeas [parte superior do calçado]. A maior parte desta matéria-prima usada pela fábrica (75%) vem da Índia, país que está há dois meses em confinamento devido à pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19).

Com fábricas em Guimarães e em Paredes de Coura, a Kyaia tem nesta altura cerca de 400 trabalhadores na área industrial – a que se juntam outros 200 nas outras atividades do grupo. A unidade de Paredes de Coura nunca chegou a parar, mas a de Guimarães teve mesmo de cessar a laboração. 

“É difícil arranjar pessoal aqui, tivemos que ir para a Índia. Ainda tentámos montar um projeto industrial em Cabo Verde, na sequência de uma visita que fizemos ao país, há muitos anos, com o Presidente Sampaio. Na altura, a ideia era juntar vários grupos, atendendo a que a Aco já lá estava, e assegurar massa crítica ao projeto, mas a coisa encravou e não andou, e depois todos arranjaram uma solução. Uns foram para a Índia, outros para Marrocos, nós preferimos a Índia porque é uma cultura anglo-saxónica, entendemo-nos melhor“, explicou DN Fortunato Frederico, dono da empresa.

Na Índia, a COVID-19 já infetou mais de 90 mil pessoas. No início de maio, as atividades industriais começaram a ser retomadas, mas o país labora, ainda, a 50%.

“Estamos à espera de três mil pares de gáspeas, se chegarem na próxima semana, poderemos arrancar novamente com a produção na última semana de maio“, disse o responsável da Kyaia.

Ultrapassada que seja a pandemia, Fortunato Frederico admite “corrigir essa dependência”, subcontratando a produção do corte e costura no mercado nacional.

Os restantes funcionários de Guimarães – são 150 no total, neste polo industrial – designadamente nos armazéns, na logística e nos escritórios, continuam a laborar. “Houve muitas encomendas anuladas e temos mais de 40 mil pares dentro de portas à espera que os clientes os queiram receber, mas que continuam com as lojas fechadas”, lamenta Fortunato Frederico.

O grupo Kyaia foi fundado em 1984 por Fortunato Frederico e Amílcar Monteiro, emprega cerca de 600 trabalhadores entre Guimarães e a unidade de fabrico de Paredes de Coura.

Segundo informações do grupo, o volume de negócios é de 55 milhões de euros, sendo que o modelo de negócio se estende, além da produção de calçado, às áreas da distribuição e do retalho, mas também ao ramo imobiliário e das tecnologias de informação.

 

[Fotografia: DR]

 

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