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Paredes de Coura

P. Coura: Está entregue a ‘chave’ para uma pousada rural de alto padrão

26 Novembro, 2021 - 16:46

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Assinado o contrato de concessão da Casa do Outeiro.

“Levamos 25 investidores a ver a Casa do Outeiro. E tu foste o único sonhador”, reconheceu esta sexta-feira Vitor Paulo Pereira, presidente da Câmara de Paredes de Coura ao dirigir-se a Marcelo Murta, da AGNT- Gestão e Mediação, a entidade que ganhou a concessão da Casa do Outeiro, um solar setecentista na freguesia de Agualonga, e que agora viu formalizado o contrato de concessão
por 50 anos ao abrigo do Programa Revive.

 

Na presença da secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, o autarca courense defendeu a ideia de um “modelo de hotel que ofereça pormenores de carinho, de paixão, que ofereça motivos diferenciadores à medida das pessoas. Defendemos um modelo de turismo inteligente e estamos aqui ao teu lado para em conjunto lutar por esta paixão em que acreditamos”.

 

Uma ideia também partilhada por Marcelo Murta, para quem o processo em que acredita “assenta no desenvolvimento local e em que o turismo pode agregar”. Este responsável da AGNT promete na Casa do Outeiro “uma pousada rural de alto padrão”, que não proporcione só alojamento, “mas que também se diferencie pelo seu envolvimento. Não será um espaço fechado, mas uma pousada de alto padrão aberta ao diálogo com a comunidade e agendas culturais locais e regionais”, acrescentou.

 

Na recuperação deste solar setecentista, a AGNT está a ser assessorada pela Florêncio Pedro – Arquitectos, estimando um investimento de três milhões de euros para os dois primeiros anos de intervenção, acreditando que no período de oito meses poderão ultrapassar as metas de licenciamento e alvarás.

 

Nesta cerimónia de assinatura do Contrato de Concessão da Casa do Outeiro, Vitor Paulo Pereira ofereceu simbolicamente à entidade concessionada a primitiva chave do solar.

 

“É a chave que materializa o sonho”, reforçou a secretária de Estado Rita Marques, que na sua intervenção sublinhou que o turismo “permite alavancar outros setores da atividade e é o farol para outros setores da economia”.

 

A Casa do Outeiro, um solar setecentista enquadrado em meio rural, em Agualonga, integra um conjunto notável de solares do concelho de Paredes de Coura, que na região são
preferencialmente denominados “Casas Grandes”.

 

 

Casa do Outeiro, em Paredes de Coura, vai dar lugar a unidade hoteleira
[Fotografia: DR]

 

 

Teve a função agrícola como atividade predominante, face à extensão dos dois espigueiros existentes no terreno fronteiro à casa. A propriedade possui uma área total de 10.443,30 m2 e uma área edificada de 2.353,54 m2, a que acresce ainda uma área de possível ampliação.

 

Atualmente pertence ao município, depois de durante séculos ter sido propriedade, bem como as quintas vizinhas, da família d’Antas.

 

No séc. XIX, por casamento, os seus proprietários passaram a usar o título de Viscondes do Peso de Melgaço. Apresentando um amplo corpo de construção de diferentes épocas, a arquitetura da Casa do Outeiro vagueia pelo maneirismo, pelo barroco, e numa fase mais tardia, pelas linhas simples e direitas de finais do século XIX.

 

Os investidores a quem vai ser concessionada a Casa do Outeiro apresentaram uma proposta com vista a transformar o local num estabelecimento hoteleiro ou de vocação turística. Para esta concessão por 50 anos está prevista uma renda mínima anual de 13.800 euros (1.150€ mensais). A fase de licenciamento do projeto, bem como a realização das obras devem estar concluídas no prazo máximo de 4 anos.

 

 

[Fotografia: Município Paredes de Coura]

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