A escrivaninha do escritor Aquilino Ribeiro, encontrada na Casa Grande de Romarigães, em Paredes de Coura, está como nova.
A restauração foi levada a cabo pela empresa Signinum, de Braga. O móvel já regressou à moradia original.
“Esta secretária da primeira metade do século XX acaba de ser recuperada no Laboratório Signinum, onde foi feita uma revisão estrutural profunda, e uma intervenção igualmente profunda ao nível da superfície”, refere a empresa em nota divulgada.
“Fortemente atacada por inseto xilófago e fungos, a escrivaninha tinha já perdido o seu revestimento original devido aos ciclos de humidade e temperatura a que esteve sujeita. Foi ainda possível restituir as ferragens originais a esta peça tão especial”, acrescenta a Signium.
A mesma escrivaninha após ter sido totalmente recuperada
[Fotografia: Signinum]
Conforme conta o jornal O Minho, a Casa Grande de Romarigães foi propriedade do último Presidente da República antes do Estado Novo, Bernardino Machado, que tinha raízes familiares paternas em Joane, Famalicão.
Aquilino Ribeiro morou na casa depois de se ter casado com a filha do Presidente e, possivelmente, terá sido naquela escrivaninha que o escritor beirão escreveu o romance A Casa Grande de Romarigães, datado de 1957 – uma das obras mais emblemáticas da literatura portuguesa contemporânea.
Desde 2021 que a Câmara de Paredes de Coura está a realizar obras de restauro na mesma para a transformar num museu.
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