Uma equipa de investigadores e arqueólogos da Universidade Portucalense (UPT) descobriu cerca de 50 estações de gravuras rupestres de ar livre em Paredes de Coura que remontam ao Neolítico e à Idade de Ferro, foi esta quarta-feira divulgado.
Segundo a UPT, citada pelo Correio da Manhã, a descoberta destes sítios de arte pós-paleolítica, que “possuem valor incalculável”, ocorreu após meses de uma investigação arqueológica em Paredes de Coura, no distrito de Viana do Castelo, liderada por Fátima Matos Silva.
Gravuras remontam ao Neolítico e à Idade do Ferro
[Fotografia: DR/Correio da Manhã]
“Estes locais de arte pós-paleolítica – também designada Arte Atlântica ou Arte de Tradição Esquemática, conforme os autores e as cronologias – possuem um valor incalculável e vêm enriquecer o já vasto património arqueológico desta área geográfica”, sustenta a UPT, em comunicado esta quarta-feira enviado à imprensa.
Os investigadores e arqueólogos da UPT defendem que “estas magníficas representações simbólicas das comunidades agrícolas e pastoris de um passado tão longínquo são irrepetíveis, pelo que urge criar as adequadas condições de preservação”.
“Algumas das gravuras apresentam-se consideravelmente vincadas, sendo, contudo, o traço, na maioria das situações, ténue e de difícil identificação, pelo que o recurso às novas tecnologias tem ajudado em muito ao seu conhecimento aprofundado”, especificou Fátima Matos Silva, arqueóloga do Departamento de Turismo, Património e Cultura da UPT, citada na nota.
O vale superior do rio Coura “é uma área muito rica em vestígios que documentam uma ocupação contínua desde tempos pré-históricos”.
A Universidade Portucalense Infante D. Henrique (UPT) é um estabelecimento de ensino superior cooperativo que iniciou a sua atividade em 1986 e funciona exclusivamente na cidade do Porto.
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