A revista Blitz elegeu a atuação de Benjamin Clementine durante a edição 2017 do Vodafone Paredes de Coura como «Concerto do Ano». O músico britânico, recorde-se, atuou no último dia daquela que foi a celebração dos 25 anos deste festival e levou o anfiteatro natural do Taboão ao rubro. Sempre comunicativo, Benjamin Clementine respondeu aos repetidos estrondosos aplausos do público com a humildade que lhe é característica. Dois anos depois de ter vencido o Mercury Prize e de se ter tornado numa estrela (e numa das mais brilhantes), o músico parece ainda ter dificuldades em acreditar no que lhe aconteceu. Apesar do seu ar imponente e da altura de gigante, em cima do palco, assemelha-se mais a uma criança que, apesar de entusiasmada, não consegue evitar sentir-se assustada. Do outro lado, porém, não existem dúvidas: a atenção que tem vindo a receber é mais do que merecida. Porque Clementine é todo ele música, emoção.
A despedida fez-se com “Adios”, tema já antigo que elevou a um outro patamar durante a atuação desse sábado da agosto. “Às vezes vejo anjos, sabem? Mas acho que já vi anjos que cheguem por hoje…”, disse, referindo-se ao público e esboçando um dos muitos sorrisos da noite. “Porque os anjos cantam, sabem? Eu não sei imitá-los, mas tento…”. Não sabemos se havia algum especialista em música de anjos na plateia, mas uma coisa podemos ter certeza: nesse sábado, Benjamin Clementine voou alto e conseguiu tocar nas estrelas.
A próxima edição do Festival Vodafone Paredes de Coura realiza-se entre 15 e 18 de agosto de 2018. Entre outros nomes já confirmados conta-se a islandesa Björk.
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