O executivo minoritário de Monção, liderado pelo PS, acaba de sofrer o primeiro percalço. O Orçamento Municipal para 2014, apresentado esta quarta-feira em reunião extraordinária, foi chumbado pela oposição PSD e CDS-PP.
Em linha gerais, o documento para o próximo ano seria ligeiramente inferior ao de 2013, rondando os 18 milhões de euros, apostando na realização de algumas obras prometidas pelos socialistas em campanha eleitoral e que perspetivava os quatro anos de mandato.
Á RVM, Augusto Domingues mostra-se surpreendido com a decisão da oposição, sublinhando que aquele plano foi elaborado em conjunto, através de alguns encontros preparatórios.
Perante este cenário, o autarca explica que o município monçanense fica a ser gerido em duodécimos, com as transferências de capital suspensas, sendo apenas possível viabilizar as despesas correntes.
As transferências mensais para investimento destinadas às freguesias também ficam suspensas.
Contudo, o governante está optimista e confirma que vai encetar outras reuniões para a estruturação de uma proposta válida, para que em janeiro, Monção possa ter um plano orçamental.
Com o fim de um quadro comunitário e um curto prazo de tempo, um ano, para a conclusão de algumas obras comparticipadas, Augusto Domingues deixa um alerta: há investimentos físicos “em perigo”, casos do Minho Park.
Contudo, o presidente da Câmara Municipal de Monção mostra-se disponível para ceder nalgumas situações, procurando uma plataforma de entendimento com a oposição.
Augusto Domingues diz não acreditar que PSD e CDS queira que “todo o desenvolvimento do concelho fique adiado”.
O documento prima por obras estruturantes para o concelho, para além da promoção de emprego e desenvolvimento económico, turismo, pequeno comércio, e o Alvarinho, entre outras diretrizes.
Recorde-se que, após assembleia de apuramento geral, o PS venceu as eleições em Monção, a 29 de Setembro, com 4744 votos (37,96%), mais 3 que o PPD/PSD que obteve 4741 (37,92%). A terceira força política mais votada foi o CDS/PP com 2221 escrutínios (17,77%), seguindo-se o PCP/PEV com 206 (1,65%).
Uma governação em minoria que enfrenta agora “a primeira areia na engrenagem”, com o chumbo do Orçamento Municipal para 2014.
Comentários: 0
0
0