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Ponte de Lima

Óbito: Morte de Sá Coutinho representa “grande perda” para Ponte de Lima e para Portugal – autarca

28 Maio, 2012 - 08:15

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O presidente da Câmara de Ponte de Lima considera que a morte do embaixador Sá Coutinho, o primeiro nomeado por Portugal para as antigas colónias em África, representa uma “grande perda para o concelho e para o país”.

O presidente da Câmara de Ponte de Lima considera que a morte do embaixador Sá Coutinho, o primeiro nomeado por Portugal para as antigas colónias em África, representa uma “grande perda para o concelho e para o país”.

“Foi um grande cidadão, alguém que conheceu o mundo, pelas suas funções, mas que não deixou de amar, promover e divulgar a terra que o viu nascer. Alguém que procurava, todos os dias, levar bem alto o nome de Ponte de Lima”, disse à Lusa Victor Mendes.

Segundo a família, João de Sá Coutinho Rebelo de Soto Maior, faleceu na sexta-feira, em casa, em Ponte de Lima, aos 82 anos e após várias complicações de saúde na sequência de uma queda, sofrida há cerca de dois meses.

Para o autarca de Ponte de Lima, o embaixador Sá Coutinho “defendeu o nosso património material e imaterial” e, por isso, “faz do grande património daqueles que, ao longo dos tempos, construíram Ponte de lima”.

“A sua morte deixa-nos muito tristes e constitui uma grande perda para o concelho e para o país”, sublinhou Victor Mendes.

Segundo a família, Sá Coutinho foi nomeado como primeiro embaixador na Guiné-Bissau, em 1974, onde acumulou o cargo com o de Embaixador também em Dakar, na Mauritânia, em Cabo Verde e na República Popular do Congo.

Pelo seu currículo conta-se ainda a passagem por Angola, em 1977, e mais tarde Madrid.

Nascido em Ponte de Lima a 08 de outubro de 1929 e quarto Conde d’Aurora, Sá Coutinho formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, tendo depois ingressado na carreira diplomática.

Acabou a carreira como embaixador no Vaticano, ainda no pontificado de João Paulo II, tendo sido agraciado com condecorações de vários países, incluindo a Grã-cruz da Ordem Militar de Cristo.

Embora não lhe sendo reconhecida atividade política em defesa da causa monárquica, Francisco Calheiros, uma das referências na região minhota, recorda o homem que defendeu “tal como o seu pai, um ideal”.

“O Conde d’Aurora era uma figura ímpar em Ponte de Lima, um grande embaixador, e por isso a sua morte é uma grande perda. Sem dúvida que era um homem da tradição, sempre a defendeu”, explicou.

A título de exemplo, o representante do histórico título de Conde de Calheiros, recordou à Agência Lusa que foi pela intervenção de Sá Coutinho que Ponte de Lima perpetuou uma homenagem à primeira rainha de Portugal, que a 04 de março de 1125 atribuiu foral àquela vila.

“Foi dos principais responsáveis para que a estátua da Rainha D. Teresa, em Ponte de lima, fosse uma realidade. Por todo o significado que isso envolvia. Era de facto um homem que seguia muito a tradição”, recordou ainda.

Segundo a família, as cerimónias fúnebres estão agendadas para segunda-feira, em Ponte de Lima.

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