O número de trabalhadores portugueses em Espanha desceu 0,17 por cento entre março e abril, com menos 79 registados, numa queda que ocorre num período em que a quantidade de trabalhadores estrangeiros no país até aumentou.
Dados do Ministério do Emprego e Segurança Social espanhol, hoje divulgados, referem que no final de março estavam inscritos um total de 45.570 trabalhadores portugueses, a grande maioria no regime geral (38.277 pessoas).
No último ano, a queda do número de trabalhadores portugueses foi de mais de 10 por cento.
Os dados referem que, em termos mensais, o número de trabalhadores estrangeiros registados em Espanha aumentou 1,06 por cento, invertendo uma tendência de descidas constantes dos últimos meses.
No caso português, porém, consolida-se a tendência dos últimos anos, em que se acumulou uma queda de quase 50 por cento no total de trabalhadores portugueses desde 2007.
Salvo exceções pontuais, o número de trabalhadores portugueses tem vindo a cair progressivamente nos últimos anos, depois de ter chegado, antes da crise, a ser o segundo maior entre os cidadãos da União Europeia.
Dados do Ministério do Trabalho e da Imigração confirmam que hoje a comunidade de trabalhadores portugueses é a quinta entre as de cidadãos da UE, depois da Roménia (273 mil), Itália (59 mil), Bulgária (53 mil) e Reino Unido (51 mil).
Esta comparação torna-se ainda mais relevante tendo em conta que, em 2007, os portugueses representavam cerca de 11 por cento dos trabalhadores da UE em Espanha e atualmente representam apenas cerca de 7,1 por cento.
Nas estatísticas hoje divulgadas, o Governo explica que o número total de trabalhadores estrangeiros inscritos é de 1.708.579 milhões, um valor cinco por cento mais baixo do que o de há um ano, mas que aumentou em termos mensais (mais 17.800 trabalhadores).
Abril é, normalmente, um mês onde cresce o registo de trabalhadores estrangeiros, devido em parte às campanhas agrícolas e ao início da temporada turística.
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