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Monção

Ninho de vespa asiática obriga a fechar sede de Junta de Sá

24 Junho, 2013 - 08:49

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O acesso à sede da Junta de Freguesia de Sá, Monção, foi sábado “vedado” devido à presença de um ninho de vespa asiática, espécie predadora perigosa, na entrada do edifício, disse à agência Lusa o autarca local.

O acesso à sede da Junta de Freguesia de Sá, Monção, foi sábado “vedado” devido à presença de um ninho de vespa asiática, espécie predadora perigosa, na entrada do edifício, disse à agência Lusa o autarca local.

“Por questões de segurança dos habitantes, vamos proceder à vedação do acesso ao edifício da Junta”, explicou o presidente da Junta de Sá, Filipe Quintas.

Em toda a região do Alto Minho tinham sido identificados, durante o ano de 2012, cerca de 40 ninhos desta espécie de vespa, maior e mais perigosa do que a nacional e que representa uma ameaça à produção de mel.

Segundo o autarca de Sá, a Protecção Civil já “confirmou a suspeita” de se tratar de um ninho de vespa asiática e na segunda-feira será deslocada uma equipa ao local.

Entretanto, o ninho permanece no tecto da entrada do edifício da sede da Junta de Freguesia.

A decisão de vedar o acesso ao espaço acabou por levar ao cancelamento de uma aula de karaté, prevista para a tarde deste sábado naquele espaço, que envolveria cerca de uma centena de pessoas, sensivelmente metade da população da aldeia.

A Proteção Civil de Viana do Castelo apelou à população, no início do ano, para participar a deteção de novos casos de ninhos de vespa asiática na região mas “sem alarmismos”.

As autoridades já previam, na altura, um aumento do número de casos nos meses seguintes, à semelhança da progressão da espécie registada em França e Espanha.

Desde janeiro que a coordenação das operações de identificação e destruição de ninhos de vespa asiática no Alto Minho está a cargo da Protecção Civil do distrito, sendo que só no concelho de Viana do Castelo foram detectados cerca de três dezenas de casos, cuja destruição foi assegurada pelos bombeiros com recurso a lança-chamas adaptados.

A presença desta vespa já se faz sentir também em Ponte de Lima e Ponte da Barca, assim como em Barcelos e Vila Verde (Braga), podendo agora estar presente ainda mais para norte, em Monção.

Segundo Miguel Maia, técnico da Associação Apícola Entre Minho e Lima (APIMIL), além do problema da biodiversidade, ao “prejudicar a alimentação” de outras espécies, trata-se de uma vespa “mais agressiva”.

“Faz com que as abelhas não saiam para procurar alimento, porque estão a ser atacadas, enfraquecendo assim as colmeias, que acabam por morrer”, explicou, na altura.

Ainda assim, admite que não sejam um “perigo imediato” para os seres humanos.

“Só se forem lá mexer”, disse.

A vespa velutina é originária do sudoeste da Ásia e foi introduzida na Europa através do porto de Bordéus, em França, no ano de 2004.

“De então para cá, já conquistou um terço do território francês e colonizou parte do norte de Espanha, em 2010. No ano seguinte a presença foi detetada em Portugal”, explica a APIMIL.

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