Vila Nova de Cerveira era, até aqui, um concelho politicamente pacífico. A constituição do movimento independente ‘Pensar Cerveira’ e o anúncio de Fernando Nogueira, ex-vice-presidente do atual executivo socialista, como candidato às autárquicas, tem dado que falar.
Na entrevista alargada à RVM, em parceria com a Alto Minho TV, emitida esta quarta-feira depois do bloco informativo das 18h00, Fernando Nogueira fala “sem tabus”.
O candidato recusa as acusações de “sede de poder”, garantindo apenas que ainda tem muito a dar pelos cerveirenses.
Por um lado, Fernando Nogueira diz-se conhecedor dos problemas e potencialidades da ‘vila das artes’, dado o seu percurso político de quase duas décadas, por outro lado, garante que a população conhece o seu carácter e postura “coerente, serena e sem acotovelar pessoas para aparecer na fotografia”.
Fernando Nogueira diz-se magoado com a forma como o processo foi desencadeado antes, durante e após as diretas socialistas a 08 de Dezembro.
O homem que nos últimos 15 anos foi vice-presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira (PS) garante ter percebido “desde cedo que estava condenado ao insucesso neste ato eleitoral interno”.
Depois desse processo, em que teve que suspender funções na autarquia, regressou no início de 2013, mas confirma que já não lhe foram atribuídas funções executivas.
Admite que a relação com o autarca José Manuel Carpinteira saiu “beliscada”, mas neste momento não guarda “quaisquer rancores”.
Fernando Nogueira refuta a ideia de que este movimento cívico tenha sido criado em torno da sua figura.
O candidato garante que este projeto já existia, procurando-se uma figura para o ato eleitoral de Outubro.
Devido aos escassos apoios financeiros, o ‘Pensar Cerveira’ vai apostar numa campanha direta e pessoal.
O objetivo é ser uma opção diferente.
Fernando Nogueira, de 60 anos, técnico superior dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, foi vereador do executivo cerveirense desde 1994, tendo tutelado diversas áreas funcionais, e vice-presidente da mesma autarquia durante os últimos 15 anos.
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