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Viana do Castelo

Municípios com atividade taurina dizem que “venceu a liberdade” em Viana do Castelo

20 Agosto, 2012 - 12:03

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A entidade que representa os municípios com atividade taurina considerou hoje que “venceu a liberdade” em Viana do Castelo, ao realizar-se, no domingo, uma corrida de toiros naquela cidade minhota com a “praça completamente cheia”.

A entidade que representa os municípios com atividade taurina considerou hoje que “venceu a liberdade” em Viana do Castelo, ao realizar-se, no domingo, uma corrida de toiros naquela cidade minhota com a “praça completamente cheia”.

Em declarações à Agência Lusa, Dionísio Mendes, presidente da secção de municípios com atividade taurina, da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), enalteceu a vitória da “liberdade” e do “gosto popular”.

“Eu acho que venceu, sobretudo, a liberdade de nós podermos fazer aquilo que gostamos, sem impor nada aos outros e assumindo um espetáculo que tem a ver com a cultura, com a tradição e que tem a ver com o gosto popular”, sublinhou.

Para Dionísio Mendes, que é também presidente do município de Coruche (Santarém), a prova de que as touradas fazem parte da cultura portuguesa foi a “praça cheia” em Viana do Castelo.

“É um exemplo de sucesso, pois, em Viana do Castelo, havia mais de 2.300 espectadores a pagar e, de borla, a protestar, cerca de 300 manifestantes”, declarou.

A secção dos municípios com atividade taurina, departamento que está aliado à ANMP, foi criada em setembro de 2001 e reúne 40 municípios de norte a sul do país.

Dionísio Mendes, que não encontra argumentos para que as corridas de toiros não regressem a Viana do Castelo, em 2013, por se tratar de um espetáculo “a pagar” e em que “só participa quem quer”, considerou que o que se passou naquela cidade mostra que há “aficionados de norte a sul do país”.

“A prova provada de que há espectadores e vontade para que as corridas se realizem de norte a sul do país é o êxito retumbante que foi essa enchente na praça de toiros da Areosa, em Viana do Castelo”, argumentou.

A corrida foi vivida num ambiente “artificialmente hostil”, criado com essa “intenção”, afiançou, lamentando a “promoção desmesurada e exagerada” por parte de “alguma comunicação social” relativamente às posições antitaurinas, “não dando voz aos que gostam” da festa de toiros.

Os promotores da corrida de toiros realizada no domingo, em Viana do Castelo, presenciada por mais de 2.300 espetadores, afirmaram que foi um “dia histórico” e que o evento vai regressar em 2013.

A corrida de toiros realizou-se após o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga ter viabilizado o espetáculo ao dar cinco dias à organização para se pronunciar sobre os argumentos do município no recurso que este apresentou.

Na prática, esta decisão permitiu a realização da tourada, apesar de a câmara insistir que a instalação daquela arena amovível foi feita em terrenos de “elevado valor paisagístico”, numa “violação grave” do Plano Diretor Municipal (PDM), da Reserva Ecológica Nacional e do Plano de Ordenamento da Orla Costeira.

O município, liderado por José Maria Costa, mantém a declaração aprovada em reunião de câmara a 27 fevereiro de 2009, de “antitouradas”, ou seja, não autorizando a realização de qualquer espetáculo do género em terrenos públicos ou privados.

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