Morreu este sábado, aos 69 anos de idade, a fadista Mísia.
Fica na história como uma das mais originais cantoras portuguesas.
Ao longo dos mais de 30 anos de carreira, em que passou por consagrados palcos internacionais, Mísia gravou 13 discos, muitos deles, com fados assinados pelos maiores autores portugueses, como José Saramago, Lídia Jorge e Agustina-Bessa Luís.
Mísia, alter ego de Susana Maria Alfonso de Aguiar, deu nome ao primeiro trabalho da artista em nome próprio, em 1991, numa altura em que o fado ainda era visto como símbolo do Estado Novo.
Em 1993, editou o álbum “Fado” e, em 1998, “Garra dos Sentidos”, disco que lhe viria a valer o Prémio Charles Cross, em França. Em várias entrevistas, a fadista portuguesa deu conta que o seu trabalho só começou a ser valorizado em Portugal depois de ter sido distinguido no estrangeiro.
Em 2012, Mísia recebeu o Prémio Amália Rodrigues na categoria Divulgação Internacional, contando ainda com distinções como a Ordem das Artes e Letras de França, em 2011, a Ordem de Mérito Civil em Portugal e o Prémio Gilda no 33.° Festival Cinema e Donne, em Itália, pela sua participação no filme ‘Passione’, realizado por John Turturro.
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