Monção/Srª da Rosa: Artistas das flores desafiam a chuva e já começaram a trabalhar

Os tapetes floridos em honra de Nª Srª da Rosa já começaram a ser construídos. Recorde-se que Monção vive este domingo o ponto alto destas festividades. A correr como o previsto, a vila vai amanhecer com verdadeiras obras de arte espalhadas pelo centro histórico. A Rádio Vale do Minho já andou pelas ruas a acompanhar os primeiros toques do que se esperam autênticas obras de arte. “Estas pétalas todas vão resultar num desenho principal ao longo da rua. Depois vai prosseguir até ao fundo, acabando no largo da Câmara”, explicou Jorge Moura, um dos responsáveis pelo tapete que vai nascer na rua 1º de Dezembro.
Sobre os motivos do tapete, continuou o artista, “terá à entrada o símbolo do Ano da Misericórdia. Depois, pela rua fora, colocaremos vários corações e outros motivos mais geométricos”, adiantou.
Todos mostram sorriso no rosto e mangas arregaçadas. Apenas as condições meteorológicas é que parecem não ajudar muito. “Temos impermeáveis para trabalhar debaixo de chuva. Esperemos que não haja muito vento nem que a chuva seja muito forte”. Já quanto ao tapete, não há mesmo hipótese de o proteger. “Vamos mesmo arriscar! Esperemos que durante a noite não fique muito estragado”.
Segredos para a construção, não há muitos. No essencial, existe um desenho já concebido. Depois é copiar o projeto a giz no chão. “Segue-se o preenchimento com os diversos materiais que vão desde as pétalas de várias cores, serrim e borra de café”, explicou Jorge Moura.
A Festa em Honra à Nossa Senhora da Rosa, promovida por uma comissão de jovens e preenchida com diversas atividades religiosas e culturais, é uma das festividades mais acarinhadas pela comunidade monçanense, sendo muito participada pelos populares tanto nos atos religiosos como na decoração das ruas.
Para além de várias artérias, o Largo de Camões vai ser “ornamentado” por vários trabalhadores da autarquia. Nesta tarefa, contam com a colaboração de elementos de uma associação de Ponteareas, localidade galega que dista sensivelmente 15 quilómetros de Monção.
Esta amabilidade de nuestros hermanos será retribuída na Festa do Corpus Christi com uma comitiva de trabalhadores locais a fazer trabalho semelhante numa rua do casco urbano de Ponteareas. A tradição comum é uma realidade em ambas as margens do rio Minho e o povo, orgulhoso da sua cultura, teima em preservá-la e valorizá-la.