Monção/Mau tempo: Antigo balneário termal parcialmente submerso – Autarquia lança alerta

O edifício do antigo balneário termal de Monção voltou este ano a não escapar ao rio Minho. Durante a tarde desta segunda-feira, o nível das águas cobria praticamente todo o rés-do-chão da casa. Uma preocupação acrescida para a autarquia, visto que arrancaram recentemente as obras de recuperação daquele espaço. Os trabalhos, com o prazo de execução de 180 dias após o ato de consignação, foram adjudicados à empresa “Dinâmica Secreta, Lda” pelo valor de 73 mil e 400 euros, acrescido do imposto legal.
Esta segunda-feira, à margem da reunião do Executivo Municipal, o presidente da Câmara disse estar a ponderar deixar o rés-do-chão totalmente inutilizado no futuro. Caso não sejam encontradas soluções para este cenário cíclico, somente os pisos superiores do edifício merecerão a atenção da autarquia. “Possivelmente para um centro interpretativo do rio Minho”, adiantou Augusto Domingues.
O autarca monçanense tinha alertado já que foram feitas várias tentativas para dar uma nova vida ao antigo balneário termal, no entanto, a proximidade ao rio Minho e a possibilidade de inundação tem dificultado a concretização de um projeto consistente e duradouro. O edifício data de 1801, conforme placa comemorativa do primeiro centenário, localizada no alçado nascente, funcionou sempre como balneário termal até finais do século passado, tendo sido substituído em 2001 com a abertura da nova unidade termal.
Até à próxima sexta-feira, a chuva não vai dar tréguas no Alto Minho. Em reunião do Executivo Municipal, a vice-presidente da Câmara, Conceição Soares, disse ter recebido informações de que “a situação deverá agravar-se a partir do final da tarde desta segunda-feira. A barragem de Frieira está a abrir as comportas. Espera-se, até ao final do dia, uma subida do nível das águas bastante acentuado”.
No que diz respeito às previsões meteorológicas, a chuva forte deverá manter-se no distrito de Viana do Castelo pelo menos até quinta-feira. A partir do próximo fim-de-semana, a precipitação deverá abrandar com consequente queda das temperaturas. Para Paredes de Coura, por exemplo, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera já aponta valores mínimos abaixo de zero a partir de 15 de janeiro.