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Monção

Monção/Cortejo etnográfico: PSD quer mudar o local – CDS quer mudar a hora

23 Junho, 2017 - 04:58

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Executivo Municipal respondeu aos internautas mais revoltados.

PSD e CDS-PP fizeram esta quinta-feira, em reunião do Executivo Municipal, um balanço positivo do Cortejo Etnográfico realizado no passado domingo, integrado na Festa do Corpo de Deus/Festas da Coca. No entanto, os dois partidos deixaram sugestões que gostariam de ver concretizadas nos próximos anos.
Do lado social-democrata, pela voz do vereador António Barbosa, surgiu a vontade de mudar o espaço onde o desfile tem lugar. “Dá-me a ideia que se transformou numa encenação teatral para 30 pessoas, que são aquela bancada que ali está onde eu me incluo”, lamentou o líder do PSD monçanense. “Temos de repensar este desfile! O tempo empregue por todas estas associações necessitaria de um lugar com uma envolvência maior. Temos um espaço em Monção onde podemos dignificar este cortejo que se chama Avenida da Boavista”, continuou António Barbosa. “É um espaço onde podemos colocar bancadas. Fazer um desfile grandioso e onde podemos utilizar o esforço de toda esta gente para trazer gente de fora de Monção nesta altura”, concluiu.
Já o CDS-PP propôs a mudança da hora do cortejo. “É uma hora imprópria atendendo ao calor que estava. Muitas das crianças que participaram no evento andaram ali cheias de calor”, alertou o vereador José Luís Alves. “Penso que o desfile poderia ter lugar mais ao final da tarde ou ao princípio da noite”, apontou o autarca centrista.
Na resposta, o presidente da Câmara começou primeiramente por dirigir-se ao PSD. Augusto Domingues manifestou desde logo total discordância com a proposta social-democrata. “Se andamos a lutar por apoiar o pequeno comércio e se este se acumula em maior percentagem no centro histórico, penso que o cortejo deve passar por lá”, defendeu o edil socialista. “Essa proposta, quando muito, não teria a minha validade”, assegurou. “Existe aqui um esforço muito grande para promover o centro histórico! Para torná-lo atrativo, há que dar motivos para as pessoas se deslocarem lá”, rematou em tom taxativo.
Ao CDS-PP, o presidente da Câmara lembrou que não é possível olhar a previsões meteorológicas quando o programa da Festa do Corpo de Deus é concebido. “No ano passado, à mesma hora, até choveu. Este ano esteve muito calor. Passar o cortejo para uma hora mais tardia poderia causar-nos problemas de logística com pessoas que acabariam por abandonar a iniciativa”, considerou Augusto Domingues.

Executivo responde a internautas revoltados

Ainda com o tema em cima da mesa, o Executivo Municipal aproveitou a ocasião para dar resposta aos internautas que nas redes sociais se mostraram revoltados com a realização do cortejo em Dia de Luto Nacional pelas vítimas do incêndio em Pedrógão Grande. “Eu não podia anular de forma alguma um cortejo com 51 carros! Foi trabalho que demorou tempo a preparar”, sublinhou o vereador das Atividades Sócio Culturais, Paulo Esteves. O autarca deixou a certeza de que momentos antes do cortejo avançar assegurou-se de que estavam reunidas todas as condições. “Lamento que hajam pessoas mais papistas que o Papa. Lamento ver críticas sem o mínimo conhecimento!”, atirou o autarca socialista.
O presidente da Câmara mostrou-se de imediato solidário com o vereador. Augusto Domingues desvalorizou os comentários nas redes sociais realçando que “o que vale é o que é dito por pessoas de consistência, de importância e que deram exemplo na vida”. “Decidimos fazer o desfile para não defraudar aquela gente toda! Eu sei que havia um bocadinho de festa no desfile… mas não era propriamente um baile. Era um cortejo etnográfico! Penso que a maior parte dos monçanenses entendeu isso, mas há sempre aqueles «Velhos do Restelo» que andam sempre à procura do defeito”, concluiu.
O Cortejo Etnográfico foi parte integrante do programa da Festa do Corpo de Deus. Estas festividades realizaram-se entre os passados dias 14 e 18 de junho, em Monção. Tiveram um custo global de 67 mil euros.

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