Monção/Assembleia Municipal: PS solidário com presidente da Câmara na posição sobre novo ‘hiper’

26 Abril, 2016 - 11:42

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Augusto Domingues voltou a lembrar vantagens da nova grande superfície. ‘Devemos estar contentes pelo facto de haver empresas que acreditam em Monção!’, disse o autarca.

A bancada parlamentar do PS mostrou-se solidária com a posição tomada pelo presidente da Câmara em relação à vinda de um novo hipermercado para Monção. Em sessão da Assembleia Municipal, pela voz do deputado José Adriano Monteiro Alves, os socialistas manifestaram-se desagradados com a visão do presidente da Associação Comercial e Industrial dos Concelhos de Monção e Melgaço (ACICMM), Américo Reis, proferida recentemente aos microfones da Rádio Vale do Minho [Link para a notícia: https://www.radiovaledominho.com/#!news-27161]. “Não posso também como deputado municipal repudiar as palavras do suposto representante dos comerciantes. Só faltou referir que estas empresas não pagam aos seus trabalhadores ou têm ordenados em atraso, ou que para receber têm que apresentar queixa no tribunal do trabalho. Nunca ouvi nada relativamente a estas empresas, mas já ouvi sobre supostos empresários”, atirou Monteiro Alves.
Recorde-se que sobre as grandes superfícies, Américo Reis considerou à Vale do Minho que “todos nós sabemos que os postos de trabalho são precários. Todos sabemos que os horários que obrigam a fazer são quase que anti-sociais e anti-familiares. Não contribuem absolutamente nada para a coesão familiar e social”. Na resposta ao presidente da ACICMM, o deputado pelo PS lembrou que “infelizmente, hoje, os empregos são de uma forma geral precários. Ninguém pode garantir emprego para toda a vida”. Monteiro Alves atestou, por isso, que “as afirmações [de Américo Reis] são um insulto a todos os jovens que nesta terra trabalham nestas superfícies comerciais”.
A concluir, os socialistas apelaram ao presidente da Câmara para que “a autarquia colabore, dentro do possível, para que nesta terra exista desenvolvimento, para que se criem postos de trabalho que contribuam para a fixação e constituição de família dos jovens do concelho. E isto que digo, aplica-se tanto às médias superfícies como ao pequeno comércio”.

“Somos uma comunidade democrática”

Sobre esta matéria, o presidente da Câmara voltou a dar achega semelhante, desta vez ‘vestida’ em tons de abril. “Somos uma comunidade democrática, onde qualquer empresa tem direito a instalar-se”, disse Augusto Domingues. “Devemos estar contentes pelo facto de haver empresas que acreditam em Monção! Não só as do retalho mas outras e só não vê quem não quer ver”, continuou o autarca socialista. Entre várias vantagens enumeradas, Augusto Domingues salientou que “vai haver mais emprego, vão haver mais galegos no centro histórico que eventualmente poderão beber um copo e comer nos nossos restaurantes. Isso é que é fulcral!”, exclamou o edil.
Já sobre o emprego, Augusto Domingues foi pragmático. “Se esses investidores não se tivessem instalado, já imaginaram como o desemprego se multiplicaria em Monção? Mais vale muito e mal pago que nenhum, senão seria muito pior para a nossa comunidade!”, prosseguiu.
Para além destes aspetos, o presidente da Câmara concluiu a resposta com um fator incontornável. “É a lei! É a lei que regula a instalação destes investimentos. Quando muito peçam-me que exija contrapartidas, tal como fizemos no passado com as grandes superfícies que aqui se instalaram”, finalizou o autarca monçanense.