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Monção

Monção: Restaurante Deu-la-Deu celebra 25 anos de «qualidade e diferença»

9 Janeiro, 2017 - 03:48

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A Rádio Vale do Minho foi conhecer a história de um dos mais afamados restaurantes do Berço do Alvarinho.

Estávamos em 1981 quando a discoteca Boémia era a verdadeira loucura nas noites de Monção. Novinha em folha, veio ocupar o lugar deixado pela extinta Pensão Internacional que até então tinha a fama de uma das melhores paragens gastronómicas naquela vila. Poucos metros à frente, Manuel Oliveira, que era dono do café Caravela decide adquirir a famosa discoteca. Explorou o estabelecimento durante uma década. Os tempos foram passando assim como as músicas e as modas, que também foram mudando. Corria o ano de 1991 quando Manuel Oliveira decide avançar para a criação de um restaurante. Iria ficar no andar acima da discoteca, que agora fechava portas. “Algo novo e que marcasse sobretudo pela diferença no atendimento ao cliente”, contou-nos.
Com paciência e com a respetiva atenção a cada visitante, os resultados foram aparecendo. “Por aqui já passaram muitas figuras públicas ligadas à música, à política e ao futebol”, recordou o gerente da casa à Rádio Vale do Minho. Entre a galeria, figuram nomes como Maria João Abreu, Manuel Luís Goucha, Luís Represas, João Nicolau, António Melo, Fernando Serrão, João José Soares, Tavares Moreira, Quim Barreiros e, entre muitos outros, o ilusionista Luís de Matos. “Reparei que na brincadeira fez aí uns números de magia para os amigos”, disse com uma gargalhada.

“Quando o IVA subiu, não subimos os preços”

A “qualidade e a diferença” tão sublinhada neste restaurante de Monção residem sobretudo numa “ementa diversificada. O bacalhau à Deu-la-Deu e os filetes de polvo com arroz de feijão são os pratos que se destacam mais”. A comprovar, está a enorme afluência de clientes espanhóis que esta casa recebe. “Temos também o arroz de línguas de bacalhau, churrasquinho de vitela, parrilhada de marisco e a nossa monumental paelha que vendemos muito para fora”. A paelha, recorde-se, é um prato típico espanhol. No entanto, Manuel Oliveira orgulha-se de ver hoje o restaurante Deu-la-Deu a vender paelhas para Espanha. “Ao fim-de-semana temos também o Cordeiro à Moda de Monção e o Cozido à Portuguesa”, acrescentou. A lampreia, cuja época se aproxima, tem sido também prato de topo neste restaurante.
Mas manter uma casa nestes parâmetros elevados não é fácil. “Isto existe porque tenho duas colaboradoras excecionais. A Elizabete e a Maria de Fátima é que têm aguentado isto, senão isto era capaz de já nem existir”, admitiu.
Questionado sobre a descida do IVA na restauração para 13%, Manuel Oliveira acabou por recordar mais uma cartada desta casa em tempos de troika. “A descida do IVA veio ajudar. Mas quando o IVA subiu, nós não subimos os preços”. Contudo, apesar de não ser adepto de preços excessivamente altos, o dono do Deu-la-Deu também não recomenda preços demasiado baixos. Diz-se avesso ao conceito de “prato do dia com refeições a quatro ou cinco euros”. Manuel Oliveira aconselha a restauração a investir mais na qualidade, “porque a qualidade paga-se”. E este investimento não tem de passar apenas nos pratos a confecionar. A apresentação cuidada da sala de refeições é também, para este restaurante, um autêntico ponto de honra.
Sobre o futuro, o proprietário traça uma incógnita. “A restauração está a passar momentos difíceis. Os impostos ainda são muito grandes. Para aguentar isto é preciso ter um bocado de traquejo”, desabafou. “Vamos tentando levar isto dentro do melhor possível”, concluiu Manuel Oliveira com um sorriso à medida que os primeiros clientes já enchiam as mesas para almoçar.

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