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Monção

Monção: Reabilitação da 101 faz crescer «muro» entre PS e PSD

16 Fevereiro, 2017 - 04:12

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PSD orgulha-se de manter coerência. «Foi para isso que as pessoas acreditaram e votaram no nosso projeto», disse António Barbosa.

Não está incluído no projeto, é certo. Mas torna-se claro que a aprovação da reabilitação da Estrada Nacional 101 fez crescer – e engrossar – ainda mais o “muro” entre PS e PSD de Monção.
À saída da última reunião de Câmara, a desolação era visível nos rostos dos vereadores sociais-democratas. Uma reação essencialmente provocada por uma “visão diferente do concelho”, conforme referiu o vereador António Barbosa, por parte das duas maiores forças políticas locais. “O PSD manteve a sua posição não por simples «perrice» de estar a embirrar, mas pelos simples facto de acreditarmos verdadeiramente naquilo que é prioritário e não está a ser feito”, disse o líder do PSD à Rádio Vale do Minho.
Na lista das urgências, para além da futura rotunda de São Pedro, António Barbosa apontou melhorias no centro histórico da vila. “Estamos a falar de uma obra que consideramos que é importante, mas não é prioritária. As prioridades passam pela Estação, pela Praça da República, pela Praça Deu-la-Deu, pelos passeios da vila e toda a parte de vias de comunicação do concelho”, considera o vereador. “Se essas prioridades estivessem resolvidas, nós seríamos os primeiros a votar favoravelmente este processo”, garantiu. “Estar a desviar quase 600 mil euros para uma obra que não é prioritária, quando o casco histórico de Monção está no estado em que está, torna evidente que o PSD não poderia deixar de votar na forma como votou. Até porque esta posição não é de agora! Tem sido desenvolvida ao longo de todos os Orçamentos e conhecida por parte do PS”. “Nada mudou no PSD! Nos últimos três anos sempre defendemos a mesma situação”, sublinhou António Barbosa.
Recorde-se que a sessão ficou marcada pela mudança na orientação de voto por parte do vereador do CDS-PP, que na reunião anterior tinha votado contra o projeto. Questionado sobre a abstenção centrista, António Barbosa admitiu o espanto do PSD. “Alguma surpresa terá de ter havido. Se nada mudou no projeto apresentado há 15 dias, é evidente que ficámos estupefactos com essa alteração [do voto]”, assumiu o autarca que desdramatizou logo de seguida. “Essa parte a nós não nos preocupa. Aquilo que a mim me preocupa é o futuro da minha terra e, acima de tudo, sermos coerentes com aquilo que têm sido as posições desde que fomos eleitos. Foi para isso que as pessoas acreditaram e votaram no projeto do PSD para Monção”.

Augusto Domingues: “Quando acredito numa coisa, não desisto facilmente”

Como em tudo na vida, a tristeza de uns é a alegria de outros. Na vereação socialista, o contentamento era bem visível. De sorriso no rosto, aos microfones da Rádio Vale do Minho, o presidente da Câmara mostrou-se muito satisfeito. “Não por mim mas por Monção! Monção está primeiro e hoje chegámos a essa conclusão. Ainda bem que o Sr. Vereador do CDS-PP considerou esta máxima e se absteve, permitindo que o meu voto de qualidade aprovasse a obra”, referiu Augusto Domingues.
Já sobre a posição do PSD, o edil monçanense foi taxativo. “Cada um é responsável pelas suas atitudes. Serão julgados no fim do ano. É aí que vamos ser julgados. Quem nos julga é o público que hoje afluiu a esta reunião em grande quantidade porque entende que isto é uma obra importante”, continuou. “E não é só a obra em si… é a sequência da obra tais como as unidades industriais, a segurança, a mobilidade e a beleza de uma terra. Eu avisei que ia voltar à carga! Quando acredito numa coisa, não desisto facilmente”, concluiu Augusto Domingues.
Recorde-se que este projeto de reabilitação da Estrada Nacional 101 entre a rotunda de Cortes e a rotunda de acesso ao centro urbano/ponte internacional, numa extensão aproximada de 700 metros foi aprovado na sessão camarária da passada segunda-feira. Corresponde à 1ª fase de um investimento global que termina na futura rotunda de S. Pedro, prevê a criação de separador central, beneficiação do pavimento, zonas verdes e arborização, passeios em ambos os lados e reforço da iluminação pública.
O preço base da empreitada, que servirá de referência para as empresas interessadas, é de 525 mil euros, acrescido do respetivo imposto à taxa de 6%. “Embora não sendo seguro, é provável que, à semelhança de outras empreitadas, o valor da adjudicação seja inferior”, refere a autarquia em nota de imprensa.

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Link para a notícia [copie para a barra de endereços]: https://www.radiovaledominho.com/#!news-29149

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