O PSD Monção alertou esta segunda-feira, em reunião do Executivo Municipal, para a possibilidade da Feira do Alvarinho em Lisboa retirar projeção ao certame congénere na vila. Em Monção, a Feira do Alvarinho vai decorrer entre 3 e 5 de Julho. Em Lisboa, o evento está agendado para 25 e 26 de Julho. O vereador João Garrido apontou ainda
o valor que cada um dos dois municípios envolvidos terá de pagar. “Tratam-se de 70 mil euros que a Câmara vai ter de gastar. E não temos ainda a certeza se serão comparticipados por fundos comunitários”, disse o autarca social-democrata. “Outra coisa que me preocupa é a data da realização [da feira em Lisboa]. O mês de Julho é o mês da Feira do Alvarinho em Monção. Fazer outra feira sobre o Alvarinho fora de Monção e com publicidade nos meios de comunicação faz-me recear que, de certa forma, tire alguma visibilidade à nossa feira e acabe até por prejudicar aquilo que nós queremos que é afirmar Monção”, realçou João Garrido.
Ainda sobre a Feira do Alvarinho na capital, a vereação ‘laranja’ mostrou-se contra a cobrança de bilhetes à entrada. António Barbosa recorreu uma vez mais ao custo que calha aos dois municípios com este certame. “Uma das questões que me preocupa muito é a das entradas serem pagas. Se nós [Monção e Melgaço] vamos pagar 140 mil euros ao grupo Cofina, porque motivo é que esse grupo vai cobrar entradas de cinco, seis ou sete euros? Não consigo perceber como vamos gastar 140 mil euros em Lisboa e depois esse grupo vai cobrar entradas que vão obstar o sucesso da feira”, considerou o vereador.
«Se vocês não forem, vamos nós!»
Na resposta ao PSD, o presidente da Câmara de Monção lembrou que os custos do certame na capital são muito superiores ao montante a pagar pelos dois municípios. “Se a nossa feira custa mais de 150 mil euros, imaginem quanto custa uma Feira do Alvarinho em Lisboa! Custa 400 mil euros!”, exclamou Augusto Domingues. “Só o aluguer do espaço por baixo da pala do Pavilhão de Portugal custa perto de 70 mil euros. Essa feira é organizada por um dos maiores grupos de informação em Portugal e está garantido que vai promover o vinho Alvarinho”, salientou o edil socialista. “Agora, ou sim ou não! ‘Nim’ é que não! Eu entendo que devíamos ir. Os produtores de Alvarinho dizem-me que é uma boa ideia de promover o vinho. E em Melgaço disseram-me mais: «Se vocês não forem, vamos nós»”, revelou o autarca.
A Feira do Alvarinho de Lisboa está agendada para 25 e 26 de Julho. Vai decorrer no Parque das Nações, por baixo da pala do Pavilhão de Portugal. Uma das exigências impostas pela organização é um mínimo de 30 expositores. Esta segunda-feira, a autarquia monçanense referiu que essa condição está já garantida com 30 produtores (15 de cada município). No início deste mês, o custo total previsto para cada uma das Câmaras era de 80 mil euros. “Eu e o presidente da Câmara de Melgaço marralhámos e conseguimos com que descesse para 140 mil euros [70 mil a cada município]”, explicou Augusto Domingues.
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