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Autárquicas 2025

Monção: PS vai eleger candidato à Câmara através de eleições diretas

27 Julho, 2024 - 01:34

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Um sufrágio “em que possam participar os militantes, os simpatizantes e os monçanenses que quiserem”.

O PS Monção vai eleger o candidato à Câmara Municipal nas eleições autárquias do próximo ano através de eleições diretas.

 

O anúncio foi feito esta sexta-feira à noite pela nova Presidente da Comissão Política Concelhia, Sandra Caldas, durante a cerimónia de tomada de posse realizada no claustro do Convento dos Capuchos.

 

“Poderíamos escolher o candidato do PS a Presidente de Câmara num pequeno grupo da Comissão Política, à porta fechada. Foi mais ou menos sempre assim que aconteceu e, diga-se, que legitimamente. É assim que o PS procede normalmente em todo o País. Nada a apontar”, introduziu a nova líder.

 

No entanto, prosseguiu Sandra Caldas, este ano será diferente.

 

“Vamos organizar eleições diretas em que possam participar os militantes, os simpatizantes e os monçanenses que quiserem. Queremos que os monçanenses possam ser parte de um processo que deve ser aberto e transparente”, acrescentou.

 

Longo aplauso por parte de mais de meia centena de militantes e simpatizantes presentes. Entre os quais vários presidentes de Câmara, Presidente da Federação Distrital, Vítor Paulo Pereira, e José Maria Costa, deputado pelo PS na Assembleia da República, eleito por Viana do Castelo.

 

A proposta vai agora ser colocada à Direção Distrital e Nacional do PS “na medida em que os Estatutos do Partido são omissos nesta matéria. Avançaremos com confiança, abertura e transparência”, reiterou a dirigente.

 

 

 

[Fotografia: Rádio Vale do Minho]

 

 

Sandra Caldas avança

A nova líder foi ainda mais longe. Desfez todas as dúvidas e garantiu que o seu nome vai figurar nesse boletim de voto.

 

“Na vida e na minha profissão sou direta e prefiro a clareza nos atos e nas intenções. Por isso, anuncio hoje perante vós, caras e caros camaradas, que apresentarei a minha candidatura nessas eleições diretas”, afirmou.

 

Mais um aplauso na sala.

 

“Desafio, desde já, aqueles que o desejem a seguir este exemplo”, disse.

 

 

 

[Fotografia: Rádio Vale do Minho]

 

 

 

“Mais proximidade e mais ação”

No seu primeiro discurso como líder, Sandra Caldas assumiu que pretende “garantir o crescimento do PS em termos quantitativos e qualitativos”.

 

Alertou para a necessidade de “mais militantes, mais jovens, mais mulheres, mais ligação e proximidade às pessoas e mais ação”.

 

“Precisamos de ser dignos do passado histórico do PS, que deu a Monção grandes Presidentes de Câmara e de Juntas de Freguesia que fizeram um grande trabalho pela nossa terra”, recordou.

 

Em tom pragmático, Sandra Caldas sublinhou que “precisamos de afirmar o PS para que os monçanenses possam confiar nele”.

 

Inspirada nas palavras de John Kennedy, falecido presidente dos EUA, Sandra Caldas defende e recomenda aos militantes e simpatizantes “não pensar no que o PS pode fazer por nós. Antes pensar no que cada um de nós pode fazer pelo PS e por Monção”.

 

 

 

[Fotografia: Rádio Vale do Minho]

 

 

 

Ato contínuo, abriu portas à batalha autárquica do próximo ano.

 

“Tenho para propor-vos um belo e grande projeto de um futuro melhor para Monção, que exige muito trabalho e dedicação”, adiantou.

 

Saíram os recados.

 

“Penso que Monção precisa e merece um novo Presidente de Câmara. Alguém que venha para trabalhar. Alguém que coloque os interesses de Monção e a resolução dos problemas das pessoas acima da sua vaidade pessoal”, atirou Sandra Caldas.

 

“Hoje é tempo de um novo tempo. Hoje é o primeiro dia de um longo e árduo caminho que todos temos a percorrer. Anima-nos o sonho de um PS forte, organizado e capaz de dar a Monção aquilo que tanta falta faz à nossa terra”, concluiu perante mais uma forte ovação.

 

 

 

 

[Fotografia: Rádio Vale do Minho]

 

 

 

 

Marina Azevedo: “Ainda há perseguição política”

Nesta cerimónia, Marina Azevedo tomou posse como Coordenadora das Mulheres Socialistas de Monção.

 

“O que nós realmente queremos é ser verdadeiras defensoras da igualdade e dos direitos. Quer das mulheres, quer dos homens. Se estas diferenças não existissem, não era necessária a existência desta estrutura”, disse.

 

“Este papel de defendermos a igualdade é o papel que cada um de nós deveria ter orgulho em desempenhar na nossa sociedade, ainda muito longe de ser igualitária”, lamentou.

 

“Temos de capacitar as mulheres de que a política, o associativismo e a liderança são para todos. Todas e todos temos valor e capacidade. Para partilhar valores e para alertar situações de desigualdade não é preciso ser-se militante”, apontou.

 

 

 

[Fotografia: Rádio Vale do Minho]

 

 

 

Na reta final, Marina Azevedo lamentou ainda “falta de liberdade” existente no território.

 

“Hoje uma pessoa ligou-me e disse-me: «Queria muito estar aí. Sabes que te apoio. Mas sabes que não posso». Passados todos estes anos após a revolução do 25 de Abril, ainda há perseguição política”, finalizou.

 

Recorde-se que Sandra Caldas venceu as eleições internas do partido para eleição de novo líder, realizadas no início deste mês.

 

Única candidata neste sufrágio interno, venceu com 95% dos votos.

 

Apurou a Rádio Vale do Minho que naquela Comissão Política Concelhia estavam em condições de votar 55 militantes. Foram 41 os que exerceram o direito de voto.

 

No resultado, 39 votaram favoravelmente à lista liderada por Sandra Caldas. Foram registados dois votos brancos.

 

Atualmente é o PSD que detém maioria absoluta na Câmara Municipal de Monção.

 

Nas eleições autárquicas de 2021, os sociais-democratas alcançaram 62,28% dos votos. Ocupam cinco assentos no Executivo Municipal.

 

O PS alcançou 29,75% dos votos. Elegeu dois vereadores.

 

 

[Fotografia capa: Rádio Vale do Minho]

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