O Parque das Caldas, em Monção, vai receber nos próximos dias 21 e 22 de julho um evento inédito em Portugal e na Europa intitulado Monção & Melgaço – The White Experience. Uma iniciativa promovida pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), cujo principal objetivo é apontar esta região como uma das maiores no velho continente no que diz respeito à produção de vinhos brancos.
Em conferência de imprensa, o presidente da CRVV, Manuel Pinheiro realçou que outra das metas passa por “afirmar a sub-região Monção e Melgaço como um centro de excelência de produção de vinhos brancos”. Este evento, adiantou o responsável, vai contar com alguns dos melhores produtores europeus.
Este certame será aberto ao público em geral. No entanto, o bilhete vai custar 10 euros. Aos microfones da Rádio Vale do Minho, o presidente da Câmara Municipal de Monção
O encontro, cujo bilhete custará 10 euros, não pretende fazer “concorrência” aos eventos de promoção do Alvarinho organizados pelas Câmaras, mas antes “ser um complemento”. “É um evento que está dentro daquela negociação de apoio à sub-região. Os famosos três milhões de euros. Será uma feira internacional de vinhos brancos de alto nível para colocar também o território de Monção e Melgaço no patamar onde tem de estar”, disse António Barbosa. “Estamos a falar de grandes marcas de Bordéus, de vinhos austríacos, de vinhos húngaros… e mesmo a nível nacional estamos a falar de produtores que irão apresentar o melhor que se faz quer no nosso país que na Europa ao nível dos vinhos brancos”.
Em números, está prevista a participação de 29 produtores de vinho Alvarinho. Vão estar presentes 20 tasquinhas com produtos tradicionais, fumeiros, queijaria e doçaria e 20 expositores destinados a instituições e artesanato. De acordo com números da CVRVV, a sub-região de Monção e Melgaço tem uma área total de 45 mil hectares, 1.730 dos quais cultivados com vinha, sendo que a casta Alvarinho ocupa cerca de 1.340 hectares. A sub-região tem no mercado 253 marcas de verde, produzidas por 2.085 viticultores e 67 engarrafadores. Por ano, os dois concelhos produzem 10,2 milhões de litros de vinho verde (74% branco, 10% tinto e 3% rosé). “Temos de competir com os melhores! Isto vai dar uma projeção dentro do que se pretende para Monção e Melgaço. Uma afirmação muito forte do nosso território e foi isso que fizemos, por exemplo, no Alvarinho Wine Fest em Lisboa”, recordou o presidente da Câmara. “É o tentar, através dos vinhos de grande qualidade que fazemos, alavancar o nosso território. É dessa forma que podemos fazer diferente e de uma vez por todas marcar este cantinho do norte na agenda nacional. Não só nos vinhos mas também quando falamos de gastronomia e de turismo”, acrescentou António Barbosa.
Recorde-se que desde 2015 a produção de Alvarinho foi alargada a outras zonas do país, fora dos dois concelhos do Alto Minho, em resultado de acordo alcançado pelo Grupo de Trabalho do Alvarinho (GTA), constituído pelo anterior Governo PSD/CDS e liderado pela CVRVV, defensora do alargamento da produção daquele vinho aos 47 municípios que a integram.
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