O Olmo de Monção corre perigo de vida. O diagnóstico foi revelado em reunião do Executivo Municipal pelo vereador das obras e do urbanismo, Duarte Amoedo, perante a o aspeto incomum da emblemática árvore – da qual ninguém sabe ao certo a idade – nesta altura do ano. No início do verão, começaram a aparecer algumas manchas de folhas secas em vários pontos da copa. Foi-lhe diagnosticado um “choque térmico”. Na altura, o presidente da Câmara de Monção, António Barbosa, garantiu à revista Vale Mais que “a situação está a ser resolvida”. Mas a gravidade da doença fez-se notar quando o número de folhas secas começou a disparar por toda a árvore. A preocupação entre a comunidade aumentou e a questão foi levantada em sessão camarária por Augusto Domingues, vereador socialista, que pretendeu saber o real estado de saúde do Olmo.
“Em meados de junho começámos a notar secagem das folhas. Após a análise feita por um técnico, concluiu-se que isso foi provocado por um choque térmico”, iniciou Duarte Amoedo. A autarquia passou de imediato ao tratamento que, explicou o autarca, passou por rega abundante, descompactação de terras com aplicação de produtos orgânicos. “O especialista pediu-nos para aguardar, mas estamos a falar de um ser vivo. Isto é quase como tratar de um velhinho que está no hospital”, comparou Duarte Amoedo.
A autarquia solicitou recentemente uma segunda opinião sobre o estado da planta. Os dois técnicos em causa recomendam aguardar pelo final do verão, mas divergem nos prognósticos. Um deles traça o pior dos cenários para o Olmo. “Mais ainda é cedo para dizer se a árvore vai ou não morrer. A preocupação é grande! É grande!”, repetiu o vereador como que desejasse sublinhar a dimensão do problema. Sempre alertando que a história pode ter um final mais, ou menos feliz.
Conforme foi referido, a idade deste Olmo é desconhecida. Poderá rondar várias dezenas ou até ultrapassar a centena de anos. Em 2014, um especialista transmitiu à Câmara de Monção que esta árvore no Largo dos Neris “é um exemplar notável pelas suas dimensões e estrutura da copa, mas também pela sua idade”. Acrescentou ainda que “é a melhor árvore desta espécie que conhecemos em Portugal e com caraterísticas superiores a muitos dos exemplares que estão classificados ou registados como notáveis noutros locais do mundo”.
Os Olmos, também chamados de Ulmeiros, são árvores de várias espécies do género Ulmus, família Ulmaceae. São grandes árvores nativas na Europa (sobretudo Ulmus minor, nativo da Península Ibérica), podendo alcançar os 30 metros de altura. Possuem folhas alternas, denteadas, plissadas, com a base inequilátera. As flores são diminutas, arranjadas em glomérulos axiais, que dão origem a frutos secos e alados.
Plano de pormenor das folhas secas que proliferam por toda a copa do Olmo
PUB
Que triste fiquei, há precisamente 8 dias, quando à noite num passeio fui até lá e a vi assim! Inicialmente pensei que fosse da onda de calor mas depois reparei que estava demasiado seca, a nível dos ramos, para ser só do calor! Triste, triste, triste!!! É assim que me sinto! Ainda Monção não era a minha terra de coração, em criança, vinha com os meus pais a Monção e era paragem obrigatória uns momentos de descanso à sombra do Olmo. Salvem-no!!!
Verdaderamente triste, conozco ese árbol desde que yo era pequeño, su enfermedad me recuerda la que padecieron todos los olmos de Granada, ciudad en la que vivo, la grafiosis, que acabó con la práctica totalidad de los árboles de la ciudad, y con los de la olmeda del bosque de Gomerez al pie de la Alhambra, solo se salvaron algunos ejemplares, tal vez por ser genéticamente resistentes a esa enfermedad, no sé cual puede ser la dolencia del olmeiro que mira hacia el rio, sea cual sea, opino que se ha hecho por él todo cuanto se podía, se le ha ayudado en todo lo posible. Lo echaremos de menos
Tristura inmensa. Oxalá aínda haxa solución. Anos e anos sendo referente, cada vez que ia a Monçao era visita obrigada. Desexo que os expertos a asen unha solución. Saúdos e saúde. Desde Celanova