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Monção/Obras EN 101: PS ‘cantou serenata’ – PSD despejou ‘balde de água fria’

28 Novembro, 2017 - 02:40

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“Verifiquei com alegria que está na sua intenção continuar [a trabalhar] na Avenida 12 de março, que depois irá até ao Centro de Saúde e depois até à futura rotunda […]

“Verifiquei com alegria que está na sua intenção continuar [a trabalhar] na Avenida 12 de março, que depois irá até ao Centro de Saúde e depois até à futura rotunda de São Pedro. Entendo que é uma obra de futuro”. As palavras foram ditas esta segunda-feira pelo vereador socialista Augusto Domingues ao presidente da Câmara, em reunião do Executivo Municipal realizada na freguesia de Trute. Às portas de um novo Orçamento, o PS mostra-se firme de que arranjos naquelas artérias irão captar mais empresas. “Ainda há dias foi inaugurado um hipermercado. Fazendo uma intervenção de modernidade naquela via, obviamente que vai atrair investimento”, lembrou Augusto Domingues que desta forma voltou a ‘piscar o olho’ à importância da requalificação da EN 101.

A primeira fase da obra, entre a rotunda de Cortes/Mazedo e a rotunda de acesso ao centro urbano/ponte internacional, (numa extensão aproximada de 700 metros) arrancou no passado mês de agosto. Na altura, a gestão socialista da Câmara de Monção apontava o ponto de partida de um projeto estruturante para o concelho que terá continuidade até à futura rotunda de S. Pedro. E, durante a sessão camarária desta segunda-feira, Augusto Domingues voltou precisamente a sublinhar a “urgência neste investimento [rotunda]”. Rematou a recordar o documento enviado pela Infraestruturas de Portugal (IP) também durante o passado mês de agosto. Uma mensagem onde a empresa começa desde logo por esclarecer que “a consignação desta obra deverá ocorrer apenas em 2020”. Assim, continua a IP, “será possível a celebração de um acordo de gestão que regule a elaboração do projeto e da obra da rotunda de S. Pedro pela Câmara Municipal, mediante comparticipação financeira da IP até ao limite do valor da adjudicação de 250 mil euros, desde que tal não obrigue à realização de despesa antes de 2019/2020”.

 

Barbosa corrige com ‘nova receção no jardim’

 

Na resposta ao líder da oposição socialista, o presidente da Câmara arrefeceu imediatamente os sonhos do PS e corrigiu Augusto Domingues. “Não. Essa não é a nossa política e já sabe o que penso sobre a 12 de março e continuação até à rotunda de São Pedro”, disparou António Barbosa. “Esse dia há-de chegar, mas quando nós entendermos que os problemas estruturantes de Monção estão resolvidos.  Como estamos muito longe disso, a probabilidade de termos mais um cêntimo gasto nessa estrada daqui até 2020 ou no nosso mandato é nula”, garantiu o edil social-democrata. Em plena sintonia com os tempos em que liderava o PSD na oposição camarária, Barbosa justificou com “um casco histórico no estado em que está”. “Não, engenheiro! Não é a nossa política. Não constava, não constará no nosso programa de atividades para o próximo ano. E nem constará nos anos seguintes”, continuou. “Depois termos resolvido outros problemas que para nós são mais importantes, logo veremos a pertinência de avançar com a continuidade desta ligação. É uma obra interessante mas há ainda muitos problemas por resolver, quer no centro de Monção, quer nas freguesias”. Quase que inevitavelmente, António Barbosa fechou a argumentação com a comparação que utilizava nos tempos em que combatia o poder socialista. “Isto seria a mesma coisa que convidar alguém a vir a nossa casa. Termos um jardim muito arranjado e o interior da casa a cair aos bocados”.

Sobre a rotunda de São Pedro, o presidente da Câmara assumiu que é uma prioridade… mas “uma prioridade cara”. “São 250 mil euros a ‘fazer filhos em mulher alheia’! A obra é na Estrada Nacional, que não é da nossa competência!”, atirou António Barbosa. No entanto, o edil monçanense terminou a deixar um compromisso: “Iremos pressionar, no sentido da IP antecipar esse investimento naquele espaço”.

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