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Monção

Monção: Não… Não acharam ‘esqueletos de dinossauro’ nem tesouros medievais nas muralhas

11 Abril, 2019 - 15:08

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Bastou um abrandamento nas obras da Rua 25 de abril para que nas redes sociais surgissem as mais variadas ‘explicações’. De esqueletos de dinossauros, passando por enormes tesouros medievais até […]

Bastou um abrandamento nas obras da Rua 25 de abril para que nas redes sociais surgissem as mais variadas ‘explicações’. De esqueletos de dinossauros, passando por enormes tesouros medievais até relíquias desportivas tudo serviu para justificar a súbita paragem das máquinas.

Mas não. Nada disto foi encontrado. “O que foi encontrado foram dois muros paralelos, provavelmente construídos durante os séculos XIII ou XIV. São o que restou daquilo que provavelmente terá sido uma passagem com uma abóbada”, explicou o vereador das Obras e Urbanismo, Duarte Amoedo (PSD), à Rádio Vale do Minho.

Nos primeiros anos do século XX, com a chegada do comboio a Monção, um troço da muralha teve de ser removido dando origem à ponte ferroviária ainda existente, mas desativada. “Com os trabalhos que decorreram nessa altura, a abóbada terá sido demolida”.

Porém, permanece ainda uma dúvida. De acordo com uma planta da vila datada do século XIX à qual a autarquia teve acesso, existia também nesse local – junto aos referidos muros – uma escadaria também ela medieval. “É muito pouco provável, mas caso esses degraus ainda lá estejam, teremos de conservar o património. Teremos depois de enquadrar o projeto que temos para aquela zona de modo a conservar essa descoberta”, explicou o vereador.

 

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Uma posição saudada e defendida pela oposição socialista em reunião do Executivo Municipal. “É bom que apareça património. Temos é de dar-lhe funcionalidade”, disse o vereador Augusto Domingues lembrando de seguida o poço descoberto durante obras de recuperação feitas no Arquivo Municipal. O achado está datado da época medieval. Estava  associado ao sistema de fornecimento de água da povoação que vivia dentro do casco amuralhado. Devidamente recuperado e delimitado, o referido poço, com cerca de 1,5 metros de diâmetro e escavado até aos 8 metros de profundidade, pode ser visto pelo público que visite o Arquivo Municipal de Monção.

Está já marcada para a próxima terça-feira uma visita ao local de técnicos da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) para avaliar a importância patrimonial da estrutura descoberta.

Entretanto, os trabalhos voltaram à normalidade. Desde esta quarta-feira que o trânsito na Rua 25 de Abril está cortado. A situação vai prolongar-se até ao próximo dia 16 e prende-se com “a demolição de um muro de altura significativa”, explica a autarquia.

A Rua 25 de Abril, cujos trabalhos foram adjudicados à empresa Armindo Afonso, Lda, pelo valor de 749.083,52  euros, vai tornar-se “mais funcional e vistosa”, garante a autarquia. Substituindo-se o inestético muro de suporte de terra atual por um espaço comercial com acesso à zona da antiga estação da CP.

 

[Imagem: Muralhas e vila de Monção durante o séc. XIX / Fortalezas.org]

 

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