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Monção/Melgaço: Foda e Alvarinho prontos a ‘marchar’ em direção a Lisboa

5 Junho, 2018 - 21:52

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Está tudo a postos para a IV edição do Alvarinho Wine Fest, em Lisboa. O certame, recorde-se, vai realizar-se no Pavilhão Carlos Lopes, em pleno Parque Eduardo VII. Monção e […]

Está tudo a postos para a IV edição do Alvarinho Wine Fest, em Lisboa. O certame, recorde-se, vai realizar-se no Pavilhão Carlos Lopes, em pleno Parque Eduardo VII. Monção e Melgaço voltam a ir de mãos dadas para um evento onde, realçaram já os presidente de Câmara de ambos os municípios, o objetivo central é promover e divulgar o território. Aos microfones da Rádio Vale do Minho, o presidente da Câmara de Melgaço, Manoel Batista (PS), mostrou grande satisfação com o regresso de Monção que, recorde-se, decidiu o ano passado não marcar presença neste certame. Melgaço foi sozinho mas – contrariamente às duas primeiras – essa edição revelou-se um êxito. Mais de dez mil visitantes passaram pelo evento. As esperanças do presidente da Câmara melgacense confirmaram-se. Com a Feira do Livro de Lisboa a realizar-se mesmo em frente, os números subiram de forma significativa. “Se Melgaço não tivesse sozinho suportado o ano passado este evento, ele teria caído. Se não tivesse corrido bem, o evento caía porque tinha corrido mal. Mas correu muito bem! Foi a melhor das três edições e, portanto, tem tudo para continuar”, disse Manoel Batista à Rádio Vale do Minho.

 

 

Já o presidente da Câmara de Monção, António Barbosa (PSD), sublinhou que este regresso de Deu-la-Deu ao certame de Lisboa “é um sinal claro de que queremos estar juntos com Melgaço. Quando falamos de Alvarinho, falamos da sub-região Monção e Melgaço e, portanto, este é um sinal claro de que estamos unidos num propósito único que é a defesa do Alvarinho e, acima de tudo, do nosso território”, disse António Barbosa à Rádio Vale do Minho. “Pretendemos fazer uma maior dinamização deste território que vamos lá levar. Ao promovermos Monção e Melgaço, não estamos apenas a promover o Alvarinho. Estamos a promover tudo!”, apontou Barbosa.

 

 

Uma das novidades da edição deste ano prende-se com a presença da Foda à Moda de Monção neste certame. O prato mais típico de Monção, à base de cordeiro, vai ser confecionado ao vivo para lisboeta ver. “Vamos cozinhar a nossa Foda à Moda de Monção em Lisboa, no Pavilhão Carlos Lopes. Vamos levar, para o efeito, fornos e até lenha de Monção!”, disse António Barbosa com um sorriso.“Levaremos fornos de grande dimensão. Será uma logística enorme para Lisboa, mas será uma logística que pretende promover o nosso território. Um investimento do Município que ficará para outro tipo de eventos”, apontou António Barbosa. A cozinha monçanense terá capacidade para confecionar oito cordeiros de cada vez.

 

 

A presença da Foda à Moda de Monção neste certame ganha ainda mais força pelo facto da Mesa de Monção ser uma das 49 pré-finalistas do concurso 7 Maravilhas de Portugal à Mesa. A mesa monçanense foi a única do Alto Minho apurada para esta fase. “A nossa mesa tem não só o Cordeiro à Moda de Monção, como tem também o Palácio da Brejoeira, os vinhos deste palácio, o Museu do Alvarinho, a Feira do Alvarinho e o bucho tão típico da nossa região”, realçou o edil monçanense. “Só o facto de sermos hoje a única mesa do Alto Minho nesta fase já diz muito sobre a qualidade que tem esta nossa candidatura. É uma mesa muito forte por ser tão típica e tão autêntica”, frisou ainda António Barbosa.

 

Sobre o Alvarinho Wine Fest

 

Alvarinho Wine Fest surgiu em 2015. A primeira edição foi realizada no Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, em Lisboa. Tempos em que havia uma gestão socialista na Câmara de Monção e onde o PSD local lamentou sobretudo os cinco euros que os visitantes tinham de pagar para entrar no evento. Realizou-se em finais de julho e isso também não agradou a António Barbosa, na altura líder da oposição. “Penso que estamos todos de acordo que esta feira [de Lisboa] não pode voltar a desenrolar-se nesta altura”, sublinhou o líder do PSD na altura.

 

Primeira edição do Alvarinho Wine Fest, em 2015, realizada no Pavilhão de Portugal no Parque das Nações

 

No ano seguinte, o Alvarinho Wine Fest mudou-se para o Pátio da Galé, agora bem no centro de Lisboa. E em junho. As entradas passaram a ser gratuitas. O presidente da Câmara de Melgaço considerou que “foi uma oportunidade ganha”. Os visitantes aumentavam: em 2015, tinham sido 3.500 apreciadores. O número subiu para 7.700. Só que o retorno não estava a agradar aos monçanenses e em 2017 Monção decide não marcar presença. Em reunião do Executivo Municipal, o presidente da Câmara de então, Augusto Domingues (PS), explicou que antes da Páscoa teve uma reunião com os grandes produtores de Alvarinho do concelho. Foi deste encontro, continuou Augusto Domingues, que emanou em definitivo a resposta negativa à participação monçanense num eventual III Alvarinho Wine Fest. “Seguiu-se uma reunião com a Cofina onde lhes disse que não posso ir para Lisboa com gente que não quer ir! Com gente contrafeita não vamos!”, disse.

 

Em 2016, o Alvarinho Wine Fest mudou-se para o Pátio da Galé, bem no centro de Lisboa

A origem do Alvarinho

 

A mudança para o Pavilhão Carlos Lopes, em 2017, catapultou o certame para o êxito

 

Em 2017, Monção acabou mesmo por não ir, só que desta vez o certame correu mesmo bem. Tinha mudado de casa e foi para o Pavilhão Carlos Lopes, no Parque Eduardo VII. Mais de 10 mil visitantes passaram por lá. As esperanças do presidente da Câmara melgacense confirmaram-se. Com a Feira do Livro de Lisboa a realizar-se mesmo em frente, os números subiram de forma significativa. Uma lição que Monção terá aprendido. Regressa este ano a um certame promovido pelo grupo Cofina. Nas duas primeiras edições, os custos rondaram os 400 mil euros e cada uma das duas autarquias participantes contribuiu com 65 mil euros.

 

[Fotografias: Direitos Reservados]

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