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Monção/Mazedo e Cortes: Abrigo para animais avança debaixo de fogo entre PSD e PS

29 Maio, 2018 - 11:04

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O Executivo Municipal de Monção aprovou esta segunda-feira, por maioria, o projeto de construção de um abrigo de animais, que ficará situado no lugar de Gandra, na União de Freguesias […]

O Executivo Municipal de Monção aprovou esta segunda-feira, por maioria, o projeto de construção de um abrigo de animais, que ficará situado no lugar de Gandra, na União de Freguesias de Mazedo e Cortes. De acordo com as previsões da autarquia, os trabalhos deverão começar já no próximo mês de junho. A conclusão está prevista para meados deste Verão. O investimento total deverá rondar os 30 mil euros. “Isto não vai ser um canil mas sim um abrigo que terá todas as condições, incluindo ao nível de poluição sonora que é sempre complicado para as pessoas que moram mais próximas do espaço. A casa mais próxima está a 125 metros de distância”, disse o presidente da Câmara. “Estamos a falar de um espaço com cerca de 20 boxes para receber os animais que vão agora ter condições preparadas de raiz, com lavagem, saneamento e luz. E nada disto vai causar qualquer transtorno nas redondezas!”, garantiu António Barbosa. “E ao mínimo problema que exista, estaremos cá para minimizá-lo, falar com as pessoas e ajudá-las. Mas tenho a certeza que muito pouco tempo depois dele começar a funcionar, as pessoas até se vão esquecer que o abrigo ali está”, acrescentou.

Recorde-se que a criação de um abrigo para animais fez parte do programa eleitoral das três maiores forças políticas de Monção (PSD, PS e CDS-PP) nas últimas eleições autárquicas. Durante a discussão do tema, pela voz do vereador Paulo Esteves, os socialistas fizeram desde logo questão de dizer que “esta foi uma situação que nos preocupou desde sempre”. No entanto, o autarca lembrou que a Junta da União de Freguesias de Mazedo e Cortes (PS) não foi ouvida sobre esta matéria. Ato contínuo, Paulo Esteves lançou para a mesa a retirada deste ponto da ordem de trabalhos, agendar uma reunião com aquela Junta de Freguesia e realizar a votação na próxima sessão camarária. “Isto apenas com o sentido da Junta de Freguesia ser ouvida nesta matéria. Para evitar aquilo que infelizmente aconteceu após o abate das árvores. Quando as coisas não são tão bem explicadas surgem comentários desnecessários e muitas vezes malcriados”, alertou.

O presidente da Câmara registou o apelo da vereação socialista. E ficou por aí. Não cedeu à vontade da esquerda e colocou o projeto à votação. Perante este cenário, os socialistas recusaram-se a votar. O projeto foi aprovado com os votos favoráveis da maioria ‘laranja’.

 

PS acusa Barbosa de “prepotência”…

 

No final da reunião, Paulo Esteves recusou prestar declarações à Rádio Vale do Minho. Não disse porquê. Foi Augusto Domingues a tomar as rédeas das declarações aos nossos microfones e não poupou nas críticas à atitude do presidente da Câmara. “Quando algo é construído na sua freguesia, o presidente da Junta deve dar um parecer. Não pode ser instalada lá furtivamente uma estrutura sem dar troco à Junta de Freguesia!”, disparou o vereador socialista que acusa mesmo o presidente da Câmara de “alguma prepotência”. “É a maioria absoluta!”, concluiu.

 

… Barbosa responde com “coragem política”

 

Na resposta às acusações vindas do PS, o presidente da Câmara rejeita qualquer “prepotência”. Para António Barbosa, esta decisão foi um gesto de “coragem política”. “Falar com o presidente de Junta nada resolveria. O presidente da Junta falou mais do que uma vez com o vereador Duarte Amoedo relativamente à situação e esta é daquelas decisões que tinha de ser tomada”, disse o autarca social-democrata. “Caso contrário iríamos andar a arrastar o problema mais algum tempo. O importante é que vamos tirar cães e outros animais de locais onde não tinham condições. Estamos a falar de situações de humanidade e para mim um animal é como um ser-humano. Deve ser tratado como tal”, frisou o edil monçanense. “O PS tomou a posição que tomou. Nós cumprimos o nosso programa eleitoral”, finalizou Barbosa.

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