Podia ter sido um dia de sorrisos. Só que não. O povo estava tenso.
Muitos juntataram-se na Praça Deu-la-Deu, em Monção, no dia da abertura do Museu do Alvarinho: 28 de fevereiro de 2015.
“O Alvarinho é nosso!”, ouvia-se.
Protestava-se contra o alargamento da designação Vinho Verde Alvarinho a toda a Região dos Vinhos Verdes.
“Isto só vai trazer miséria. Não há outra atividade em Melgaço e vai fechar tudo”, desabafou um dos produtores à Rádio Vale do Minho.
“O Alvarinho só pode ser Monção e Melgaço. É como o vinho do Porto, que é da região do Douro”, disse uma advogada.
De um vistoso carro saiu o então Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque. Os protestos subiram de tom.
Os meses e anos seguintes correram de feição para o Alvarinho. Porém, ainda luta pela tão sonhada Denominação de Origem.
Volvida uma década, o Museu do Alvarinho mostra-se hoje como um dos espaços mais visitados em Monção.
[crédito fotografia: Município Monção]
“Uma década de promoção de uma casta singular, fruto de uma paisagem natural privilegiada, corpo e alma de um povo apaixonado e lutador, capaz de construir uma cultura marcante, uma história lendária”, descreve a autarquia.
“Neste museu, há muitos espaços, onde contamos alguns segredos e histórias infinitas. Em cada um deles, sentimos a dedicação incessante da nossa gente, o imensurável encanto dos nossos lugares e o orgulho que temos por quem cuida, carinhosamente, deste vinho elegante e sensorial, tesouro nosso que partilhamos com o mundo”, acrescenta.
[crédito fotografia: Município Monção]
[crédito fotografia: Município Monção]
Vale referir que, neste espaço, estão também expostos os troféus ganhos por Monção no concurso 7 Maravilhas de Portugal à Mesa e 7 Maravilhas Doces de Portugal.
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