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Monção

Monção: Faleceu proprietária do Palácio da Brejoeira

30 Dezembro, 2015 - 17:27

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Maria Hermínia D’ Oliveira Paes, cidadã de mérito de Monção, partiu aos 97 anos de idade.

Faleceu esta quarta-feira, aos 97 anos de idade, Hermínia D’ Oliveira Paes, proprietária do Palácio da Brejoeira e cidadã de mérito de Monção – medalha de prata.
Sócia-fundadora da Associação de Produtores e Engarrafadores de Vinho Verde, sócia-fundadora da Confraria do Vinho Verde, sócia-fundadora da Real Confraria de Vinho Alvarinho, grã-mestre da Confraria de Vinho Verde entre 1989 e 1995, Hermínia D’ Oliveira Paes foi a responsável, na primeira metade da década de 60, pela reestruturação da propriedade e plantação das vinhas de Alvarinho após estudo pormenorizado elaborado pelo engenheiro agrónomo João de Vasconcelos, diretor do posto agrário de Braga.
Mais tarde, quando as cepas produziam uvas de grande qualidade, procedeu-se à construção de uma adega maior e instalação de novo equipamento, iniciando-se a produção de vinho Alvarinho com supervisão do enólogo Amândio Galhano, a par de Hermínia D’ Oliveira Paes um grande mentor e entusiasta do Alvarinho Palácio da Brejoeira.
Classificado como Património Nacional desde 1910, o Palácio da Brejoeira, grandiosa construção em estilo neo-clássico, dos princípios do século XIX, foi adquirido em finais da década de 1930 pelo pai de Hermínia D’ Oliveira Paes, Francisco D’ Oliveira Paes. Trata-se de um conjunto extraordinário – palácio, capela, bosque, jardins, vinhas e adega antiga – que seduz e encanta pela harmonia que emana. Com extensão de 30 hectares, em 18 cultiva-se, com esmero, vinho Alvarinho.

Presidente da Câmara manifestou profundo pesar

O presidente da Câmara Municipal de Monção, Augusto Domingues, lamentou esta quarta-feira o falecimento da proprietária do Palácio da Brejoeira. O autarca apresentou sentidas condolências aos familiares e relevou o papel preponderante da “Senhora da Brejoeira” na defesa e valorização do vinho Alvarinho. “Além de emanar uma simpatia contagiante, a D. Hermínia personificava o empresário preocupado e atento com a evolução dos tempos, sendo percursora na plantação, vinificação e comercialização do vinho Alvarinho, contribuindo, de forma decisiva, para fazer deste produto endógeno que nos orgulha um dos melhores do pais e do mundo” adiantou.
Augusto Domingues revelou ainda a disponibilidade de Hermínia D’ Oliveira Paes para o amadurecimento cultural do concelho de Monção, abrindo a porta do Palácio da Brejoeira a importantes acontecimentos musicais, teatrais e de moda. “Uma senhora notável, com a força de empresária e a sensibilidade de artista, que vai deixar saudades a todos que tiveram o privilégio de conviver com ela como eu”.
O funeral de Maria Hermínia D’ Oliveira Paes sairá esta quinta-feira, pelas 10h00, da Capela do Palácio da Brejoeira para a Igreja Paroquial de Pinheiros. Após a celebração da missa de corpo presente, irá a sepultar no cemitério da referida freguesia.

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