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Monção

Monção: Executivo Municipal totalmente contra a prospeção de lítio no concelho

30 Abril, 2019 - 09:30

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O Executivo Municipal de Monção aprovou esta segunda-feira, por unanimidade, uma tomada de posição contra a anunciada intenção de prospeção de lítio [ou qualquer outro mineral] por parte de uma […]

O Executivo Municipal de Monção aprovou esta segunda-feira, por unanimidade, uma tomada de posição contra a anunciada intenção de prospeção de lítio [ou qualquer outro mineral] por parte de uma empresa australiana. A área em causa, referenciada pelo Governo e denominada área de Fojo, abrange não só este concelho como também Melgaço e Arcos de Valdevez. São mais de 74Km2.

Em jeito de introdução, o presidente da Câmara, António Barbosa (PSD), assumiu que as palavras do Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, ditas durante a Festa do Alvarinho e do Fumeiro foram tranquilizadoras. “O Governo não tem aqui responsabilidade nenhuma. Isto é apenas o arranque do processo. Não há autorizações. Não há nada”, explicou o autarca monçanense na sede da Junta de Abedim, local onde decorreu a sessão camarária.

Realçando sempre a importância desta tomada de posição por parte do Município, António Barbosa informou ainda que vai também ser feita em breve uma tomada de posição conjunta entre os três municípios envolvidos. E passou à leitura do documento. “Qualquer tipo de pesquisa e prospeção numa eventual extração de algum ou alguns tipos de minerais existentes na zona delimitada, afetará irreversivelmente todo o ecossistema, devastando espécies autóctones e protegidas”, lê-se no documento. “A plantação de vinha de casta Alvarinha, símbolo máximo da sub-região de Monção e Melgaço (…) será afetada por uma eventual intervenção de extração mineira. A zona abrangida integra terrenos baldios possuídos e geridos pelas comunidades locais com fruição efetiva dos compartes para apascentação de gados, recolha de lenhas e de matos”, sublinha a edilidade.

Em suma, um documento que alerta para os significativos danos que surgiriam ao nível do “vasto património ambiental, patrimonial e social” que esta zona contém. 

 

PS quer “tomada de posição forte” por parte da CIM Alto Minho

 

A vereação socialista apoiou de imediato esta tomada de posição. “Do que li sobre esta matéria, não me agradou”, referiu Augusto Domingues, enaltecendo o trabalho dos deputados municipais Carlos Trancoso e Nélson Azevedo quanto aos esclarecimentos sobre esta matéria prestados nas redes sociais. “Cheguei à conclusão que o crime seria duplo: ambiental e paisagístico”, exclamou. “O meu não é rotundo! Isto faz-me lembrar o tema da linha de Muito Alta Tensão… mas para pior”, alertou. “Isto tem de ser tratado com muito cuidado porque pode destruir a beleza do nosso território”.

Ainda pelo PS, o vereador Paulo Esteves foi mais longe. “O PS é contra, como é evidente. No entanto consideramos que esta matéria deve ser levada à Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho”, defendeu o também coordenador da concelhia socialista local. “A CIM Alto Minho está entre as CIM’s do país que melhor execução tem. Não podemos partidarizar estas situações! Toda a cautela é pouca. Há que exigir da CIM uma tomada de posição forte. Inequivocamente, a CIM tem de dizer o que pensa sobre esta matéria”, afirmou Paulo Esteves. 

Na votação, a proposta de tomada de posição foi aprovada por unanimidade. O documento segue agora para a Assembleia Municipal cuja sessão se realiza esta terça-feira, pelas 21h00, no auditório do pólo de Monção da Escola Profissional do Alto Minho Interior (EPRAMI).

 

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