A Eira da Cotorinha, na freguesia de Lara, em Monção, tem um novo painel informativo.
Nele, o visitante pode saber mais sobre os antepassados desta localidade “que nos deixaram tradições, histórias e património”, refere a Junta de Freguesia em nota enviada à Rádio Vale do Minho.
“A Eira da Cotorinha é um espaço de memória viva da história dos nossos antepassados e que vai passar de geração em geração. O alto da Cotorinha, espaço amplo com laje extensa, denominada “eira comunitária” que servia toda a população de Lara para secar e malhar os cereais que seriam depois armazenados para consumo das pessoas e dos seus animais”, lê-se na nova instalação.
“Aqui também eram escolhidas as melhores sementes para serem lançadas à terra no ano seguinte. Cada pessoa que pretendia secar ou malhar, reservava parte do espaço, delimitando-o com o engaço ou com uma vassoura feita com giestas secas. Os cereais mais usuais eram centeio, trigo e milho e o feijão como leguminosa. A palha dos cereais eram secos e guardados em médas (forma tradicional de empilhar a palha em forma cónica). Secava-se erva, da qual se recolhia a semente”, conta ainda o painel.
Em meados do século passado, “o trabalho de agricultura era um trabalho árduo feito com a ajuda de animais para semear, recolher e transportar em carros de bois”.
[Fotografia: JF Lara]
Bancos com rodas de carros de bois
Recorde-se que, em maio do ano passado, a Junta de Freguesia enriqueceu aquele local com uma primera atração: dois originais bancos, para que quem lá vai possa sentar-se e contemplar as vistas até ao horizonte.
“As rodas, que outrora foram de carros de bois, foram doadas por gente desta freguesia. Reaproveitamos e foram feitos dois bancos originais”, disse na altura à Rádio Vale do Minho o Presidente da Junta, Carlos Vieites.
[Fotografia: Rádio Vale do Minho]
De facto, originalidade não falta às duas estruturas. Para além das rodas, que servem de apoio, exibem também duas gravuras. Num dos bancos, o brasão da freguesia e uma espiga de milho… no outro, o brasão da freguesia e uma espiga de centeio.
“Esta é uma zona com muita história. Era aqui que se malhava o centeio e era aqui que também se faziam desfolhadas. Estamos a dar alma ao legado que os nossos antepassados nos deixaram”, referiu o autarca.
[Fotografia: Rádio Vale do Minho]
“Para sermos bem sucedidos no futuro, termos de reconhecer o nosso passado”, acrescentou Carlos Vieites.
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