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Monção

Monção: Eira da Cotorinha ganhou painel informativo que explica história do lugar [FOTOS]

18 Julho, 2024 - 19:04

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Património.

A Eira da Cotorinha, na freguesia de Lara, em Monção, tem um novo painel informativo.

 

Nele, o visitante pode saber mais sobre os antepassados desta localidade “que nos deixaram tradições, histórias e património”, refere a Junta de Freguesia em nota enviada à Rádio Vale do Minho.

 

“A Eira da Cotorinha é um espaço de memória viva da história dos nossos antepassados e que vai passar de geração em geração. O alto da Cotorinha, espaço amplo com laje extensa, denominada “eira comunitária” que servia toda a população de Lara para secar e malhar os cereais que seriam depois armazenados para consumo das pessoas e dos seus animais”, lê-se na nova instalação.

 

“Aqui também eram escolhidas as melhores sementes para serem lançadas à terra no ano seguinte. Cada pessoa que pretendia secar ou malhar, reservava parte do espaço, delimitando-o com o engaço ou com uma vassoura feita com giestas secas. Os cereais mais usuais eram centeio, trigo e milho e o feijão como leguminosa. A palha dos cereais eram secos e guardados em médas (forma tradicional de empilhar a palha em forma cónica). Secava-se erva, da qual se recolhia a semente”, conta ainda o painel.

 

Em meados do século passado, “o trabalho de agricultura era um trabalho árduo feito com a ajuda de animais para semear, recolher e transportar em carros de bois”.

 

 

 

[Fotografia: JF Lara]

 

 

Bancos com rodas de carros de bois

Recorde-se que, em maio do ano passado, a Junta de Freguesia enriqueceu aquele local com uma primera atração: dois  originais bancos, para que quem lá vai possa sentar-se e contemplar as vistas até ao horizonte.

 

“As rodas, que outrora foram de carros de bois, foram doadas por gente desta freguesia. Reaproveitamos e foram feitos dois bancos originais”, disse na altura à Rádio Vale do Minho o Presidente da Junta, Carlos Vieites.

 

 

 

[Fotografia: Rádio Vale do Minho]

 

 

De facto, originalidade não falta às duas estruturas. Para além das rodas, que servem de apoio, exibem também duas gravuras. Num dos bancos, o brasão da freguesia e uma espiga de milho… no outro, o brasão da freguesia e uma espiga de centeio.

 

“Esta é uma zona com muita história. Era aqui que se malhava o centeio e era aqui que também se faziam desfolhadas. Estamos a dar alma ao legado que os nossos antepassados nos deixaram”, referiu o autarca.

 

 

 

[Fotografia: Rádio Vale do Minho]

 

 

“Para sermos bem sucedidos no futuro, termos de reconhecer o nosso passado”, acrescentou Carlos Vieites.

 

 

 

[Fotografia capa: JF Lara]

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