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Monção

Monção: Confraria do Vinho Verde Tinto nasce disposta a alcançar êxito do Alvarinho

25 Fevereiro, 2017 - 01:58

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Associação fortemente elogiada por Anselmo Mendes. «Uma região só com um tipo de vinho fica um pouco castrada», disse o enólogo.

“É com orgulho que digo que a ideia de fazermos uma Feira do Alvarinho em Monção foi minha. Hoje está entre os maiores certames vitivinícolas do país. [Com a criação da Confraria do Vinho Verde Tinto] o pontapé está dado. Quem sabe, o vinho tinto se torna também mais importante na nossa comunidade”. O desejo foi manifestado esta sexta-feira pelo presidente da Câmara de Monção, Augusto Domingues, em Tangil, durante a cerimónia de apresentação da Real Confraria do Vinho Verde Tinto.
Nascida em outubro do ano passado, esta confraria resultou da vontade de um grupo de amigos, alguns deles produtores vinícolas da freguesia de Tangil, de se associarem com o objetivo de promover o vinho da terra. Assim, o objetivo primordial desta confraria passa por promover, divulgar, valorizar e defender o Vinho Verde Tinto produzido na sub-região de Monção e Melgaço. “Esta confraria é ainda uma criança pequenina. Acabou de nascer. Esperemos que todos juntos continuemos a trabalhar para que tenhamos sucesso no futuro”, referiu o Grão-Mestre da Confraria, Aurélio Alves. Já no que diz respeito ao traje dos confrades, “as cores têm muito a ver não só com o vinho verde tinto [avermelhado] mas também com a freguesia [amarelo e verde]. Não tem nada a ver com cores clubistas”, gracejou o responsável com o público a devolver numa sonora gargalhada.
Sendo a região de Monção uma região tradicionalmente agrícola, esta confraria lembra que o cultivo da vinha assume um caráter dominante desde tempos recuados surgindo como um complemento económico para a maioria das famílias. Anselmo Mendes, ilustre enólogo monçanense condecorado em 2015 pelo Presidente da República, começou desde logo por felicitar os criadores da confraria. “Seria há alguns anos impensável ter uma confraria como esta em Monção”, referiu. No entanto, considera o especialista, “o mundo está hoje muito virado para este tipo de vinhos. Toca a andar para a frente e fazer uma história de sucesso! Com mais tradição e que possa até ser semelhante à história de sucesso que o Alvarinho já tem”. “Uma região só com um tipo de vinho fica um pouco castrada”, concluiu.
Também presente na cerimónia, o presidente da Adega de Monção defendeu que é preciso colocar este vinho no lugar que merece. Recorde-se que aquela adega é responsável por cerca de 80% da produção anual de vinho verde tinto nos concelhos de Monção e Melgaço. Armando Fontaínhas acredita assim que a criação desta Confraria irá ter um papel preponderante na promoção daquele vinho.
Sem fins lucrativos, a Real Confraria do Vinho Verde Tinto compromete-se ainda a defender e a praticar o princípio das boas relações, solidariedade, cordialidade e união entre confrades, como comportamento caraterístico de pessoas ligadas pelos fins da Confraria. A entronização dos confrades está já marcada para o próximo dia 4 de março.

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