As Comédias do Minho estreiam esta sexta-feira, em Monção, o espetáculo Ante Mim. Trata-se de um espetáculo modular e interativo, pensado para ser feito em percurso e onde o espectador tem a liberdade de escolher o que quer ver. O espetáculo vai percorrer os concelhos do Vale do Minho e vai acontecer em cinco contextos diferentes: um mosteiro do séc. XII, uma inverneira, um teatro, uma quinta minhota e uma quinta secreta em Vila Nova de Cerveira. O público é convidado a explorar os cinco sentidos através de rituais coletivos, conhecidos de todos nós, como a procissão, a tainada, o baile, entre outros.
O ponto de partida para esta criação, explica a Comédias do Minho, foi a realização de uma série de entrevistas a pessoas que habitam os cinco municípios onde as Comédias do Minho desenvolvem o seu trabalho, construindo a partir desses testemunhos, uma experiência multi-sensorial que envolve explicitamente o público.
A digressão começa esta sexta-feira no Cineteatro João Verde (22 e 23 junho), onde a peça vai ocupar todo o edifício, circulando por espaços normalmente desconhecidos do público. Segue para a aldeia de Pontes, em Castro Laboreiro (29 e 30 junho), uma inverneira abandonada que vai ser habitada ao anoitecer. Na semana seguinte, a peça vai estar na Quinta do Forte de Lovelhe, em VN Cerveira (6 e 7 julho) e, em Valença, ao final da tarde, nas ruínas do Mosteiro de Sanfins (14 e 15 julho) e a sua envolvente. No final, vão ser abertas as portas da Casa Grande de Romarigães (20 e 21 julho), em Paredes de Coura, para terminar a temporada das Comédias do Minho. A estreia desta sexta-feira está marcada para as 21h30.
As Comédias do Minho são um projeto cultural que começou em 2003, com a colaboração dos municípios de Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença e Vila Nova da Cerveira, destinado a criar uma companhia de teatro profissional. A sua missão é dotar o vale do Minho de um projeto cultural próprio, adaptado à sua realidade socioeconómica e, portanto, com um enfoque especial no envolvimento das populações, a partir da construção de propostas de efetivo valor participativo e simbólico, para as comunidades a que se dirigem.
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