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Monção

Monção com nova candidatura para emparcelamento agrícola do Vale do Gadanha

27 Novembro, 2012 - 16:30

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A Câmara de Monção deverá avançar até final do ano com uma nova candidatura a fundos comunitários para o projeto de emparcelamento agrícola do Vale do Gadanha, por concretizar há dez anos devido à falta de verbas.

A Câmara de Monção deverá avançar até final do ano com uma nova candidatura a fundos comunitários para o projeto de emparcelamento agrícola do Vale do Gadanha, por concretizar há dez anos devido à falta de verbas.

“Estamos a ultimar uma nova candidatura para execução, por metade dos cinco milhões de euros do projeto que foi aprovado, mas sem o desvirtuar. Temos observado uma grande disponibilidade da senhora ministra da Agricultura”, admitiu à Lusa José Emílio Moreira.

O autarca socialista de Monção reuniu hoje em Lisboa com técnicos do ministério da Agricultura, precisamente para definir alguns aspetos desta candidatura de execução, que poderá beneficiar, segundo José Emílio Moreira, de uma comparticipação a 100 % por fundos comunitários.

“O nosso projeto está aprovado e com grande pontuação há muitos anos. No entanto, face à escassez de recursos financeiros, o que estamos a estudar é avançar com uma candidatura de execução para fazer nem o mínimo nem o máximo, mas o necessário”, disse ainda.

Trata-se de um projeto para a reestruturação e modernização, nomeadamente da produção de vinho Alvarinho, atividade que hoje envolve 2.000 produtores, com 67 empresas e 112 marcas diferentes.

Em julho, de visita a Monção, a ministra da Agricultura classificou este projeto como “prioritário”, mas assumiu que as verbas do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) que estavam destinadas aos emparcelamentos “foram esgotadas logo no princípio”, ainda durante o Governo anterior.

“Estamos a ver se, no fim do programa [termina em 2013], conseguimos ter algumas verbas para apoiar aqueles projetos que são considerados melhores e prioritários e esse, com certeza, é um deles”, explicou, na altura, Assunção Cristas.

Este projeto de emparcelamento permitirá reduzir de 2.200 para 800 propriedades, numa área total de cultivo de 550 hectares, sendo, garante José Emílio Moreira, “estruturante” para a reconversão agrícola e vinícola.

Isto, apesar de “ter esbarrado em processos burocráticos morosos” e numa “sistemática falta de financiamento” na última década.

“O projeto custou-nos 500 mil euros e está avaliado em cinco milhões. Mas podemos fazer por cerca de 2,3 milhões de euros, cortando em algumas coisas e centrando-nos na legalização de terrenos, acessos e abastecimento de água”, afirma José Emílio Moreira.

Recorda que o emparcelamento agrícola do Vale do Gadanha até foi lançado no seu primeiro mandato, em colaboração com as freguesias de Moreira, Barrocas, Tais, Pias e Pinheiros, mas até hoje não saiu do papel.

“Em 2013, já não me posso recandidatar, mas gostaria de sair da autarquia vendo a luz ao fundo do túnel para este investimento. Só de vinho Alvarinho estamos a falar de 200 hectares de cultivo, além de ser uma forma de segurar e atrair novos agricultores”, apontou ainda.

Do montante global apenas estão garantidos cerca de 870 mil euros através de um outro programa comunitário, de apoio à produção vitivinícola.

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