O Moinho das Pereiras, na freguesia de Cambeses, em Monção, vai ser totalmente recuperado.
O anúncio foi feito este domingo pela Junta de Freguesia de Cambeses.
Segundo aquele órgão autárquico, “trata-se de um moinho hidraulico de milho, com mais de 300 anos movido pelas aguas do ribeiro do Furriel que atarvessa aquela freguesia”.
No sentido de avançar com a obra, a Junta assinou este domingo “o acordo de gestão e administração para recuperação do moinho em sessão particular na sede da Junta de Freguesia”.
Uma reunião entre consortes e utilizadores do respetivo moinho “onde foi apresentado o projeto de recuperação e musealização do edifício e a sua envolvente e se procedeu a assinatura do respetivo acordo entre as partes”.
O Moinho das Pereiras, explica a Junta de Freguesia, “encontra-se em estado devoluto e o qual faz parte de um conjunto de quatro moinhos do género existentes na localidade, estrategicamente edificado nos limites da freguesia de Cambeses com a freguesia de Sago. Este era um dos moinhos que em tempos produzia a farinha que alimentava parte da freguesia”.
“Este é um projeto que envolve a nossa comunidade, a nossa ancestralidade e a historia de um povo. O projeto de recuperação insere-se num projeto maior de valorização e renaturalização do ribeiro do Furriel, de criação do precurso turistico Rota da Camba e de recuperação do trilho de pesca”, referiu a Presidente da Junta, Catarina Lourenço.
“É um precioso edificio cujo património estava perdido no tempo. Hoje damos o primeiro passo para a sua recuperação e musealização. O antigo moinho será alvo de uma profunda remodelação quer ao nivel da preservação do património existente, quer da sua envolvente paisagística”, acrescentou.
De acordo com o projeto, o moinho será totalmente recuperado e colocado a funcionar.
No interior passará a existir um espaço museológico de interpretação ambiental. Já tem nome: Museu da Camba e do Furriel.
“Toda a envolvente vai tornar-se num espaço de visita e de lazer aprazivel para relaxar no final de uma caminhada pela rota da Camba”, traçou a Presidente da Junta.
Mas porquê Camba?
Segundo Catarina Lourenço, significa “moinho pequeno”.
“Será o primeiro museu da freguesia. Também um espaço de educação ambiental, onde alunos e grupos escolares poderão ver de perto toda a estrutura e rede de canais e derivações bem como o movimento hidráulico provocado pela água, até ao produto final”.
O projeto entra agora na fase de contratação pública. O início dos trabalhos está previsto para a primeira quinzena de setembro. A conclusão aponta para junho do próximo ano.
É totalmente financiado pelo orçamento plurianual da freguesia de Cambeses. Conta com a colaboração dos utilizadores do moinho que vão participar na recolha dos dados e informação para o processo de musealização.
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