Monção: Autarquia acredita que parte dos incêndios no concelho teve mão criminosa

A Câmara de Monção acredita que parte dos incêndios registados no concelho durante os últimos meses teve mão criminosa. Esta segunda-feira, em reunião do Executivo Municipal, a Vice-presidente da Autarquia deu como exemplo o fogo que deflagrou no passado dia 4 de setembro. “Tivemos um grande incêndio que começou em Barbeita e que foi até Merufe”, que deflagrou durante a noite. Para Conceição Soares isto é uma evidência de que foi fogo posto. O mais recente, em Longos Vales, deflagrou durante a tarde mas “começou num ponto estratégico. Quem pegou fogo, sabia o que estava a fazer”, considerou a autarca socialista.
Recorde-se que, no incêndio de Barbeita, estiveram no combate às chamas mais de 80 operacionais. Dessa operação houve a registar um bombeiro que, devido a uma queda, sofreu ferimentos ligeiros. Já em Longos Vales, no passado dia 8 de setembro, estiveram no terreno mais de uma centena de operacionais. Chegaram mesmo a ter a ajuda de meios aéreos. O fogo demorou cerca de seis horas a ser dominado. “Solicito aos monçanenses uma maior vigilância dos nossos montes. Denunciar comportamentos suspeitos. Estar atentos a algum sinal de fumo. Avisem os bombeiros porque, de facto, tem sido um ano mau demais neste aspeto”, apelou Conceição Soares.
Os dados mais recentes indicam que entre 1 de Janeiro e 31 de Agosto foram registados 14.374 incêndios em Portugal. Arderam quase 54 mil hectares. Só em Agosto, foram registadas quase 4 mil ocorrências que representaram cerca de 40% do total de toda a área ardida em 2015.