Monção: ‘Até marmelada se faz com camélias’

“A camélia oferece múltiplas possibilidades ao nível de tratamentos, tanto na estética como na medicina. Temos até uma produtora que faz marmelada com camélias. Não só é possível como é deliciosa e recomendo”. Parece estranho… mas é verdade. Aos microfones da Rádio Vale do Minho, o alcalde de Salceda de Caselas, na Galiza, explicava-nos a importância desta flor nos nossos dias. Marcos Bessada marcou presença este sábado na cerimónia inaugural do Mercado da Camélia que decorre em Monção durante este fim-de-semana. “Esta é a génese de um Mercado da Camélia de Monção que seguramente vai ter uma vida longa, muito graças à Engª Célia Gonçalves e do grupo «Os Teimosos»”, considerou o autarca galego.
A representar o Município, a vice-presidente Conceição Soares começou desde logo por destacar a presença desta flor por todo o concelho. “De uma maneira geral, não há jardim em Monção que não tenha uma camélia. Pelos vistos é uma planta que se adapta muito bem às nossas condições climatéricas”, referiu. “É uma flor muito bonita. Cada cor tem um significado. As camélias cor-de-rosa, por exemplo, significam grandeza de alma. As brancas são uma alusão à beleza perfeita e as vermelhas são sinal de reconhecimento”.
No final da sessão, Conceição Soares mostrava-se visivelmente satisfeita. Recorde-se que esta iniciativa era para ter lugar no Mercado Municipal, mas o mau tempo obrigou a uma mudança para a Casa Museu. Mesmo assim, o espaço pareceu pequeno para tanta gente. “É bom ver que conseguimos atrair tanta gente cá por causa de uma flor. É sempre bom estarmos em contacto constante com ‘nuestros hermanos’ para fazermos intercâmbios e este é um bom exemplo”, disse a autarca à Rádio Vale do Minho.
De referir que até ao final do ano a autarquia irá realizar mais três ‘mercados’. O projeto «Dar Vida ao Mercado» prossegue no dia 1 de maio, com o ‘Mercado da Flor’ e, em junho (data a definir), com o Mercado ‘Festejar os Santos Populares’. O ‘Mercado do Artesanato, Antiguidades e Velharias’ decorre em novembro, coincidindo com o Magusto de S. Martinho, promovido pela autarquia monçanense.
Complementando a realização dos mercados temáticos, estão pensadas algumas atividades de animação cultural e etnográfica, bem como a realização de ações de formação e sensibilização tanto a nível ambiental como de saúde alimentar.