Monção: Armindo Ponte convicto de que travessia internacional ‘foi uma grande obra’

Há 20 anos o escudo ainda era a moeda em Portugal. Preud´Homme defendia as redes do Benfica e Domingos marcava pelo Porto. Os Pink Floyd andavam em digressão mundial. Cavaco Silva era primeiro-ministro. Mário Soares era presidente da República e Armindo Ponte era presidente da Câmara Municipal de Monção.
Eleito pelo PSD, Armindo Ponte foi um dos rostos da inauguração da nova ponte internacional naquele dia 29 de Março de 1995. Volvidas duas décadas, o antigo autarca monçanense voltou este sábado a um lugar onde esteve há 20 anos. Aos microfones da Vale do Minho, Armindo Ponte considera que a travessia que liga Monção a Salvaterra de Miño “foi uma grande obra. Isto independentemente de ter sido do PSD ou de outro partido qualquer. Autarquicamente, os partidos são o que tem menos importância nessas alturas. Coincidiu ser num tempo do PSD quer na Câmara quer no Governo, mas o interessante é que a obra foi feita… está aí para servir as duas populações”.
Questionado sobre a nova designação da travessia (João Verde/Amador Saavedra), o antigo presidente da Câmara disse concordar “até porque as pessoas que assistiram à cerimónia de inauguração sabem que, nesse mesmo dia, nós apresentámos simbolicamente uma lembrança. Tratava-se de um prato pintado à mão com versos dos dois poetas. Isto é o culminar de uma ideia gerada nessa altura”.
Recorde-se que foi assinado este sábado o protocolo de geminação entre Monção e Salvaterra de Miño. O momento decorreu durante os festejos dos 20 anos da Ponte Internacional sobre o rio Minho, que liga aqueles concelhos.
Após a cerimónia oficial decorreu um convívio popular no Parque da Lodeira com “porco no espeto” e animação musical proporcionada pelos agrupamentos Rusga de Merufe, Banda de Gaitas Pontenova de Salvaterra de Miño, Grupo de Bombos “Fim do Silêncio” e Grupo Cantares do Alvarinho.