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Manuel J. Oliveira: “Morais Rodrigues é a pessoa certa mas o PS tem regras!”

4 Fevereiro, 2020 - 11:17

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PUB [Atualizada 11h51 com declarações de Manuel José Oliveira]   Manuel José Oliveira, antigo presidente da Comissão Política Concelhia do PS Monção, rejeitou esta terça-feira à Rádio Vale do Minho qualquer […]

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[Atualizada 11h51 com declarações de Manuel José Oliveira]

 

Manuel José Oliveira, antigo presidente da Comissão Política Concelhia do PS Monção, rejeitou esta terça-feira à Rádio Vale do Minho qualquer sentido de acusação à moção que levou à eleição de Tiago Morais Rodrigues como líder daquela estrutura local de não corresponder aos ideais do partido.

De acordo com a edição [papel] do jornal quinzenário Terra Minhota, durante as eleições para aquela concelhia – decorridas na passada sexta-feira – “foi apresentado um documento junto da mesa eleitoral com o objetivo de reforçar a única candidatura apresentada”.

O documento, assinado por Manuel José Oliveira, alertava para um conjunto de condicionantes estatutárias que não estariam a ser observadas”. A notícia em causa não refere quais foram estas condicionantes. A Rádio Vale do Minho está a tentar entrar em contacto com o antigo dirigente. Até ao momento não foi possível.

Intitulada Todos por ti, Tu por Monçãoa moção de Tiago Morais Rodrigues “não se reflete, em base, nas raízes ideológicas do PS”, considera Manuel José Oliveira.

Aos microfones da Rádio Vale do Minho, o antigo dirigente rejeitou qualquer tom de acusação a Morais Rodrigues. 

“Sou a favor da candidatura e não sou oposição interna”, clarificou. “Mas o PS tem regras! Como militante tenho todo o direito de informar que os estatutos tem de ser cumpridos na sua totalidade. O partido só pode fazer combate sério se todos nós criarmos uma equipa conjunta”, sublinhou.

Questionado sobre as “condicionantes estatutárias” que não terão sido observadas na moção do novo presidente, Manuel José Oliveira respondeu que “estão explanadas no documento para ser avaliado na jurisdição”.

“Tiago Morais Rodrigues é a pessoa certa para estar à frente da concelhia. Não podemos é começar com atropelos aos estatutos e ao que nos propomos para o futuro. O PS é muito mais que pequenos atritos internos!”, concluiu.

 

“Levam-me a cabeça mas não o cérebro”

 

Foi em novembro de 2017 que Manuel José Oliveira optou por demitir-se da liderança da Comissão Política Concelhia do PS Monção. Na origem da decisão, contou na altura o dirigente à Rádio Vale do Minho, esteve o resultado do plenário de militantes.

Uma reunião onde o tema principal em cima da mesa foi a análise dos números das últimas eleições autárquicas, em que os socialistas perderam a Câmara Municipal para o PSD.

A derrota deixou uma marca profunda nos militantes e terão sido muitos dedos a apontar o nome de Manuel José Oliveira como o principal responsável deste desaire.

“O problema é que se esqueceram de virar o dedo para eles próprios! Há muita gente no partido que está na posição de um necrófago. Alimentam-se da carcaça das presas para sobreviver no futuro. E eu não participo neste tipo de situações”, desabafou então Manuel José Oliveira.

Visivelmente desiludido com a generalidade dos militantes, Manuel José Oliveira lamentou nessa altura um plenário onde “tinha de rolar alguma cabeça”.

O presidente demissionário garantiu que o “amor ao PS” não acabou ali. “Levam-me a cabeça, mas não levam meu cérebro! Mas que não se esqueçam que a cabeça é só carcaça!”, exclamou em tom taxativo. “Não vi ninguém a apontar caminhos futuros [na reunião plenária]. A única coisa que surgiu foi o revanchismo, a falta de brilho e de brio”, disse.

Bancário de profissão (Financial Advisor), Manuel José Oliveira é militante do PS há mais de uma década. Foi presidente da Junta de Freguesia de Cambeses durante 12 anos. Em setembro de 2015 assumiu o leme da concelhia socialista na sequência de uma moção denominada Juntos fazemos Melhor apresentada em conjunto com Carlos Trancoso, que foi sufragada por unanimidade em plenário de militantes.

Sucedeu-lhe Paulo Esteves na liderança da concelhia até ao passado dia 31 de janeiro.

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