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Monção/Melgaço

Monção: Adega Cooperativa não foi convidada para o Espumante – CDS acusa Melgaço de ‘isolacionismo’

21 Novembro, 2015 - 15:14

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Presidente da Câmara de Melgaço já reagiu e repudia declarações de Abel Batista.

A Adega Cooperativa de Monção garante não ter recebido qualquer convite para participar na Festa do Espumante de Melgaço, que decorre nesta vila até domingo. O presidente da adega, Armando Fontaínhas, escusou-se a gravar declarações mas acrescentou ainda que não tem também conhecimento de que tenha sido convidado qualquer produtor de Monção.
Entretanto, o CDS-PP Monção já reagiu a esta ausência de convites. Aos microfones da rádio Vale do Minho, o vereador Abel Batista realçou que “independentemente da liberdade que cada Município tem de fazer as suas próprias iniciativas, neste caso concreto acho que é um mau princípio o facto da Câmara de Melgaço promover uma iniciativa sobre espumante de Alvarinho exclusivamente do seu concelho”. O vereador continuou e lembrou que “ainda há” a sub-região Monção/Melgaço. “Apesar de haver medidas que favorecem ainda esta sub-região no âmbito do Alvarinho produzido, Melgaço está a praticar uma política isolacionista no sentido de promover apenas e exclusivamente uma produção vínica à base do Alvarinho exclusivamente do seu concelho”, lamentou o autarca.
Para o vereador, esta “foi uma má opção. Espero que, no caso de Monção, não se pague com a mesma moeda”. Também deputado na Assembleia da República, Abel Batista apelou a uma maior sintonia entre os dois concelhos. “Num momento em que precisamos de união, quando Monção realizar a sua Feira do Alvarinho (ou qualquer outra iniciativa do género) espero que os produtores de Melgaço continuem a ter o seu lugar. Já somos demasiado pequenos para nos tornarmos mais pequenos com a nossa própria divisão!”, concluiu.
A rádio Vale do Minho tem tentado o contacto com o presidente da Câmara de Monção (PS) mas até ao momento não foi possível. Já o PSD, pela voz do vereador António Barbosa, remeteu comentários sobre esta matéria para a próxima segunda-feira.

Presidente da Câmara de Melgaço repudia declarações de Abel Batista

Confrontado com as declarações de Abel Batista, o presidente da Câmara de Melgaço mostrou-se surpreendido com as palavras vindas do concelho vizinho. “Nestes dois anos de trabalho temos tido uma enorme vontade de colaboração. Temos feito um trabalho conjunto permanente, quer em relação ao Alvarinho quer na questão da promoção da sub-região”, salientou Manoel Batista aos microfones da Vale do Minho. O edil melgacense rejeita, por isso, as considerações feitas pelo vereador de Monção. “Não aceito e repudio esse tipo de crítica em relação àquilo que tem sido a nossa política. Estamos aqui para continuar a colaborar!”, vincou o edil socialista.
Já sobre a ausência de convites a Monção, o autarca de Melgaço justificou com as escolhas feitas para esta primeira edição da Festa do Espumante. “Com todo o direito, achámos que este ano deveríamos avançar com uma festa que tratasse de forma exclusiva um produto nobre e importante da sub-região. Achámos também que nesta primeira edição deveríamos convidar apenas produtores de Melgaço. Isto não significa que numa segunda, terceira e quarta edição não se possa alargar esta participação a outros produtores nomeadamente os de Monção”, explicou. “Não há nenhum «isolacionismo»! Há uma vontade de continuar a promover a sub-região. Vontade de continuar a fazer com que se criem mercados para os nossos produtos. Estamos dispostos a continuar a trabalhar como temos feito até agora”, finalizou Manoel Batista.
A Festa do Espumante decorre até domingo no Largo Hermenegildo Soalheiro, em pleno centro de Melgaço. A aquisição do copo custa 2,50 euros. Os espumantes a copo têm um preço de 2 euros e, em garrafa, a partir dos 6 euros (rosado/tinto) e dos 8 euros (Alvarinho). A participação nas diferentes atividades também é livre, estando apenas sujeita ao número de lugares disponíveis.

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