A classificação do castelo de Penha da Rainha, em Abedim, como Sítio de Interesse Público (SIP) encontra-se em fase de discussão pública durante 30 dias. O aviso foi publicado esta quarta-feira no Diário da República.
A classificação, fundamentada num parecer da secção do Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura, datado de junho de 2017, foi proposta pela Direção-Geral do Património Cultural ao Ministro da Cultura.
Também conhecido por Castelo de São Martinho da Penha, encontra-se implantado no topo de um maciço granítico, o alto de São Martinho ou Penha da Rainha. O acesso é difícil, contudo, do alto, a panorâmica sobre a área envolvente é extraordinária.
Antigamente, a Penha da Rainha, cuja área abrangia o atual concelho de Monção até ao rio Mouro, terminando em Merufe, revestia-se de uma tal importância que o próprio bispo de Tui, Dom Pedro I, sagrou a igreja de São Martinho, em 1204.
Em 1268 recebeu foral das mãos de Dom Afonso III. Mais tarde, extinto o julgado, o povoado desapareceu totalmente, caindo em ruínas. Já no início do século XVIII, o pároco da freguesia de Abedim usou as pedras das ruínas para restaurar a igreja paroquial.
Atualmente, desta importante fortificação resta apenas o local, podendo vislumbrar-se pequenas marcas de uma cerca e, sobre um morro rochoso, resquícios de uma antiga torre de menagem. Na parte sul do coto, existe o denominado Jardim da Rainha e a modesta ermida de São Martinho, última preciosidade digna de adoração.
Comentários: 0
0
0