Misericórdia em obras para fruição pública e cultural

A Câmara Municipal e a Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo vão trabalhar juntas na recuperação do património da instituição num investimento que deverá ultrapassar os dois milhões de euros.
A colaboração foi formalizada através da assinatura de protocolo. A Câmara justifica a decisão pelo facto da Santa Casa da Misericórdia ser detentora de um importante património edificado, nomeadamente a igreja setecentista, claustro e capela, classificados como Património Nacional desde 1910.
Os equipamentos estão a ser alvo de obras de recuperação. Através da parceira estabelecida entre as duas instituições, o Município de Viana vai garantir apoio técnico em todas as fases de desenvolvimento de projecto de reabilitação do interior da igreja, cobertura e espaços circundantes, incluindo a Capela do Senhor do Bom Despacho e claustro, como explica Vitorino Reis, vice-presidente da Santa Casa.
Como contrapartida ao apoio técnico que vai prestar à Misericórdia na reabilitação do seu património a Câmara vê garantira a abertura dos espaços para fruição pública e outros projectos a definir com a Santa Casa.
Esta medida, que integra a política de reabilitação urbana da Autarquia, passa pela prestação de apoio técnico de arquitectura, engenharia e gestão do projecto de reabilitação do interior da Igreja, cobertura e espaços circundantes, incluindo a Capela do Senhor do Bom Despacho e claustro, mas abre portas para a reabilitação de outro edificado da instituição no centro histórico.
Nesta altura a Santa Casa tem em curso as obras de recuperação do antigo Hospital e em fase final do concurso público a intervenção na igreja setecentista. Ao todo a instituição espera gastar mais de 2 milhões de euros na recuperação de vários exemplares.
Do apoio técnico que a Câmara de Viana vai prestar à Santa Casa consta a arquitectura, engenharia, acompanhamento de gestão de projectos de investimento financiado por fundos comunitários, apoio no lançamento de concursos e acompanhamento arqueológico, participação em júris de avaliação de propostas, elaboração de contratos de empreitada e eventual apoio jurídico.
Em contrapartida, ficam abertos ao público, em períodos a definir pela autarquia, o espaço da igreja, o claustro, a capela e a zona museológica e ainda para a promoção de eventos. Um dos pontos mais importantes deste protocolo é também a promoção e manutenção/reabilitação de edifícios de habitação e comércio da Santa Casa da Misericórdia espalhados pela cidade.