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Minho/Galiza: Cometer um crime, ser perseguido, passar a ponte e já está… Ainda acredita nisso?

18 Junho, 2018 - 18:18

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Está a ver aquela cena do bandido que é perseguido pela polícia, consegue atravessar a fronteira entre dois países e os guardas vêem-se obrigados a deixá-lo escapar? Esqueça. Mesmo. Pelo […]

Está a ver aquela cena do bandido que é perseguido pela polícia, consegue atravessar a fronteira entre dois países e os guardas vêem-se obrigados a deixá-lo escapar? Esqueça. Mesmo. Pelo menos não é isso que acontece na raia minhota. O jornal La Voz de Galicia foi conhecer como funciona o Centro de Cooperação Policial e Aduaneira (CCPA) da Galícia. Assim se chama um edifício de uma força discreta, mas que está lá, em Tui, e que está a celebrar 10 anos de existência. Veio substituir a antiga Esquadra Hispano Lusa e tornou-se “numa das referências a nível europeu como canal de troca de informações entre várias polícias”, escreve aquele jornal galego.

Durante os últimos anos, lembra o La Voz de Galicia, a sigla CCPA foi aparecendo em várias notícias. Isto graças a agentes deste centro que puseram travão a foras-da-lei e enviaram-nos ou devolveram-nos aos respetivos estabelecimentos prisionais.

Do que acontece dentro de portas, pouco se sabe. O La Voz de Galicia tentou a sorte e apurou que trabalham ali oito corpos policiais diferentes. Estão em ambos os lados da fronteira e operacionais 24 horas por dia, durante os 365 dias do ano. “Os agentes brincam entre eles. Falam portuñol e a língua há muito que deixou de ser uma fronteira”, prossegue o jornal que ouviu as explicações de Víctor Ahedo Rodríguez, Tenente da Guarda Civil e coordenador do Centro de Polícia de Tui. “Se houver uma perseguição qualquer, podemos continuar até 50 quilómetros mais além do Minho”, exemplificou o responsável. No mesmo espaço, do lado espanhol, está ainda a Agencia Tributaria. Do lado português, estão a GNR, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, a PSP, a Polícia Judiciária e ainda agentes alfandegários. “É um trabalho muito diferente, mas enriquecedor pela complexidade de coordenação de órgãos e competências. Além de termos de dominar o nosso trabalho de Guarda Civil, também precisamos de conhecer a legislação de ambos os países”, explicou Víctor Ahedo Rodríguez.

 

 [Fotografia superior: Ilustrativa / Filme Suicide Squad  –  Fotografia inferior: Óscar Vazquez/La Voz de Galicia]

 

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