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Miguel Alves lembra que “constituição da Loja de Turismo começou em 2010”

16 Outubro, 2019 - 14:11

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O presidente da Câmara Municipal de Caminha, Miguel Alves (PS), confirmou esta quarta-feira – aos microfones da Rádio Vale do Minho – ter sido constituído arguido no âmbito da chamada Operação Éter. Este processo, recorde-se, levou à prisão preventiva do antigo presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Melchior Moreira, por suspeitas de crimes de participação económica em negócio, falsificação e corrupção.

Estão em causa adjudicações diretas que 60 autarquias fizeram na instalação de Lojas de Turismo Interativas, financiadas pelo TPNP, e que foram atribuídas a empresas indicadas por Melchior Moreira.

“É verdade que fui constituído arguido no âmbito desse processo no passado dia 3 de outubro. Mas, para ser franco, é um processo que conheço bastante mal”, disse Miguel Alves. “O processo da Loja Interativa de Turismo (LIT) de Caminha começou em 2010 e, como é sabido, eu ainda não estava nesse ano na Câmara Municipal que era presidida pela Drª. Júlia Paula (PSD)”, recordou o autarca.

Ora, conta Miguel Alves, que “em setembro e em novembro de 2010 foram assinados dois acordos de parceria entre a Câmara de Caminha e o Turismo do Porto e Norte de Portugal”. Estava iniciado, na versão do edil socialista, o processo de constituição da nova LIT do concelho.

“Sabe-se também que foram celebrados diversos contratos para a aquisição de serviços e equipamentos em outubro de 2010, em dezembro de 2011 e em maio de 2013. Tudo no anterior mandato autárquico [PSD]”, sublinhou Miguel Alves fazendo a ligação com o seu primeiro mandato, iniciado nesse ano. “Também é verdade que já em 2014, dando sequência à implementação deste projeto, foram assinados contratos em agosto, setembro e novembro”.

 

Miguel Alves: “Foram celebrados diversos contratos para a aquisição de serviços e equipamentos em outubro de 2010, em dezembro de 2011 e em maio de 2013. Tudo no anterior mandato autárquico [PSD].”

 

Foi então que Miguel Alves traçou a linha que o separa da gestão laranja que o precedeu. “Eu não assinei nenhum acordo de parceria. Não lancei nenhum procedimento. Não propus nenhuma empresa a concurso. Não escolhi nenhuma empresa e não adjudiquei nenhum contrato”, assegurou em tom taxativo.

“Agora, naturalmente que os contratos de 2014 foram assinados por um representante da Câmara e foram assinados também por mim. Está lá o meu nome! Imagino que seja por isso que fui constituído arguido”, deduziu o presidente da Câmara.

 

“O que tenho de fazer é confiar na Justiça”

 

O autarca socialista mostra-se assim, totalmente tranquilo. “Aquilo que temos feito é prestar todos os esclarecimentos à investigação. Temos dado toda a documentação que é solicitada. Acredito profundamente que nenhum trabalhador da Câmara cometeu qualquer ilegalidade nesta situação”. E agora? “Agora, o que tenho de fazer é confiar na Justiça. Que siga o seu caminho. Que esclareça o que tem a esclarecer e aguardar com serenidade pela conclusão da investigação”.

Miguel Alves é presidente da autarquia caminhense desde setembro de 2013, ano em que conquistou a Câmara ao PSD tendo obtido 47,51% dos votos. O PSD foi a segunda força política mais votada com 45,03% dos votos.

Quatro anos depois, o edil socialista conduziu o partido a uma vitória mais esmagadora. Nas autárquicas de 2017, o PS venceu com 53,15% dos votos. O PSD continuou em segundo lugar mas não foi além dos 39,14%.

 

[Fotografia: Jornal de Notícias / Direitos Reservados]

 

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